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União Europeia e EUA pedem eleições rápidas no Egito

4 de julho de 2013

Europeus e americanos defendem um rápido retorno à democracia e apelam a opositores e apoiadores do presidente deposto, Mohammed Morsi, que renunciem à violência.

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Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta quinta-feira (04/07) estar "profundamente preocupado" com a situação no Egito e apelou à realização rápida de eleições para um novo governo civil.

"Durante esse período de incertezas, esperamos que os militares garantam que os direitos de todos os egípcios, homens e mulheres, sejam protegidos, incluindo o direito de reunião pacífica, o devido processo legal, e julgamentos livres e justos em tribunais civis", afirmou.

Obama disse ainda que vai pedir para serem estudadas as "implicações legais" da situação na ajuda que Washington dá ao Egito, já que a legislação americana não permite ajuda a um país onde tenha ocorrido um golpe de Estado. O auxílio financeiro americano ao país árabe é de 1,3 bilhão de dólares por ano, e boa parte vai para as Forças Armadas.

Obama deu as declarações poucas horas depois de o presidente egípcio, Mohammed Morsi, ter sido deposto pelos militares.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, apelou a um rápido retorno à democracia no Egito. "Acompanho os desenvolvimentos mais recentes no Egito e tenho perfeita consciência das profundas divisões na sociedade, das exigências populares para uma mudança política e dos esforços para alcançar um acordo", afirmou Ashton em comunicado.

"Apelo a todas as partes para que regressem rapidamente a um processo democrático, incluindo a realização de eleições presidenciais livres e imparciais e a aprovação de uma Constituição", acrescentou. Ashton manifestou a esperança de que a nova administração transitória seja plenamente inclusiva e que os direitos humanos e a lei sejam respeitados.

O ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, apelou pela realização de novas eleições depois de um período de transição. Ele pediu respeito às liberdades individuais para que o povo egípcio possa "escolher livremente seus dirigentes e seu futuro".

O Reino Unido apelou para que apoiadores e opositores de Morsi evitem a violência. A situação no país é "claramente perigosa", afirmou o ministro do Exterior, William Hague. "O Reino Unido não apoia intervenções militares como um meio para resolver disputas num sistema democrático", afirmou Hague, em comunicado.

AS/lusa/rtr/afp