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Unidos Podemos se consolida como segunda força na Espanha

19 de junho de 2016

Pesquisa de opinião pública mostra que coligação deve superar os socialistas do PSOE na eleição parlamentar. Juntos, no entanto, o bloco de esquerda pode conquistar a maioria necessária para governar o país.

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Debate eleitoral entre os líderes partidários na Espanha
Foto: Reuters/J. Medina

A coligação eleitoral Unidos Podemos – formada pelos partidos Podemos, Esquerda Unida e outras diversas legendas de esquerda – deve se consolidar como a segunda força partidária na Espanha, tanto em número de votos como em assentos parlamentares, nas eleições de 26 de junho, indicou neste domingo (19/06) uma sondagem do diário espanhol ABC.

Segundo a pesquisa de opinião pública, a coligação ficará atrás apenas do Partido Popular (PP), mas à frente do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). O PSOE perdeu percentual eleitoral, enquanto a legenda de centro-direita Ciudadanos se mantém com os mesmos resultados obtidos nas eleições legislativas de dezembro de 2015.

A pesquisa, realizada entre 13 e 16 deste mês e que contemplou 1.400 entrevistas, mostra que, a uma semana da votação, o PP obterá entre 121 e 124 deputados e 30,3% dos votos.

A coligação Unidos Podemos, por seu lado, poderá eleger 84 ou 85 parlamentares, recebendo 24,6% dos votos, mais do que os 80 a 93 deputados e 21,4% do PSOE. Ainda segundo a sondagem, o Ciudadanos ganhará entre 38 a 40 representantes no Parlamento espanhol e 14,4% dos votos.

Caso esta estimativa se confirme, a coligação Unidos Podemos e o PSOE poderão somar 168 deputados, número que, no entanto, não seria suficiente para atingir uma maioria absoluta (176 assentos), enquanto, juntos, os conservadores PP e o Ciudadanos somariam 164 assentos, quatro menos que o bloco da esquerda.

Desta forma, ambos os lados teriam de procurar apoios junto aos pequenos partidos para assumirem o governo na Espanha. A pesquisa revelou também que quatro em cada dez entrevistados defendem que o atual presidente interino do governo, Mariano Rajoy, do PP, deva seguir no cargo e que um em cada dez acredita que o líder do PSOE, Pedro Sánchez, assumirá o governo depois das eleições.

Rajoy considerou que a realização de um terceiro ato eleitoral na Espanha – que pode ocorrer caso os partidos não alcancem um acordo após a eleição do dia 26 – seria uma "vergonha mundial", sublinhando que fará de tudo para que isso não aconteça.

PV/lusa/efe