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Foguete norte-coreano

5 de abril de 2009

O lançamento de um foguete pela Coreia do Norte para colocar em órbita "um satélite experimental de comunicações", segundo Pyongyang, recebeu duras críticas da União Europeia, EUA, Japão e Coreia do Sul.

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Sul-coreanos assistem na tevê notícias sobre o lançamento do foguete norte-coreanoFoto: AP

O lançamento do "satélite experimental de comunicações", conforme o denominou o governo em Pyongyang, é uma violação da resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU, que proíbe à Coreia do Norte qualquer atividade com mísseis balísticos, adverte um comunicado da União Europeia (UE) divulgado pela presidência semestral do Conselho Europeu.

Com essa ação, a Coreia do Norte cria dificuldades adicionais à estabilidade da região, adverte a nota divulgada em Praga na manhã deste domingo (05/04). Ao mesmo tempo, a União Europeia fez um apelo para que o governo da Coreia do Norte suspenda imediatamente seu projeto de mísseis e abandone todos os programas nucleares e de armas atômicas.

O lançamento desencadeou uma onda de protestos da comunidade internacional. Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul destacaram que a Coreia do Norte violou a resolução do Conselho de Segurança, não importando se seu objetivo tenha sido o lançamento de um satélite, como afirma Pyongyang, ou se o teste foi de um míssil balístico de longo alcance, como suspeitam os três países.

O míssil lançado neste domingo cruzou o Japão em direção ao Oceano Pacífico, segundo confirmaram os governos japonês e sul-coreano. A agência norte-coreana de notícias KCNA assegurou que o satélite foi posto em órbita, mas tanto fontes do governo de Seul como o Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano negam a informação.

Para Berlim, uma "clara provocação"

O Ministério alemão das Relações Exteriores manifestou sua preocupação com o lançamento na Coreia do Norte. "Trata-se de uma clara provocação" que ameaça agravar ainda mais a situação na região, disse uma porta-voz do ministro Frank-Walter Steinmeier, em Berlim. É preciso fazer de tudo para demover a Coreia do Norte deste caminho, acrescentou.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, considerou o lançamento norte-coreano "absolutamente inaceitável". Antes dele, seu ministro do Exterior, David Miliband, chegou a falar de "política hostil" da Coreia do Norte.

Ban Ki-moon quer retorno às negociações

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu em Praga que "o desenvolvimento e a proliferação de tecnologia para mísseis balísticos pela Coreia do Norte significa uma ameaça para a região e para a paz e a segurança internacionais".

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, manifestou sua preocupação com a situação e advertiu que a atitude de Pyongyang "não contribui para a busca de um diálogo e para a paz e a estabilidade na região".

Ele apelou aos países implicados para que se empenhem no retorno das chamadas "negociações das seis partes", ou seja, entre as duas Coreias, Japão, Estados Unidos, Rússia e China, cuja meta é acabar com o programa armamentista nuclear norte-coreano.

A China e a Rússia apelaram por contenção e recomendaram reações prudentes ao lançamento. Por sua vez, o Conselho de Segurança convocou uma reunião de emergência para analisar a questão.

RW/SM/dpa/afp
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