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União Européia cogita sanções contra Israel

(ef)7 de abril de 2002

Países da UE exigem sanções contra Israel para forçar um cessar-fogo. Em uma semana de ação, o Exército israelense matou 200 palestinos e prendeu 350 supostos terroristas.

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Ariel Sharon: ações militares prosseguem enquanto houver resistência.Foto: AP

Vários países-membros estão cobrando pressão efetiva da União Européia sobre Israel, a fim de alcançar um cessar-fogo no conflito com os palestinos. A possibilidade de sanções econômicas da comunidade de 15 países contra o Estado judeu já foi discutida na última reunião dos ministros do Exterior, em Luxemburgo, segundo revelou o presidente do Conselho de Ministros, José Piqué, em Veneza, neste domingo (7).

O chanceler da Espanha, país que ocupa a presidência rotativa da UE, esclareceu que é preciso mais discussão para encontrar uma posição comum dos 15 países-membros, pois alguns querem sanções e outros ainda se mostram vacilantes, segundo ele. O ministro do Exterior da Bélgica, Louis Michel, propôs, neste domingo, que a UE reflita sobre os seus acordos comerciais com Israel. Ele considerou "uma ofensa" o fato de o governo israelense ter proibido a missão de alto nível da UE de encontrar-se com o presidente palestino Yassir Arafat.

Como possível reação, o chanceler belga citou um exame do acordo de associação entre Israel e a União Européia, pelo qual os israelenses gozam de condições privilegiadas no comércio com os países comunitários. "Nós temos que discutir sobre isso e verificar se o acordo pode ser mantido, apesar da conduta do primeiro-ministro Ariel Sharon", disse Michel.

Após o retorno da missão fracassada de paz, na quinta-feira (4), a Comissão Européia, órgão executivo da UE, havia anunciado que a comunidade européia não se sentia ferida com a rejeição dos diplomatas. A delegação formada pelo ministro Piqué e o coordenador da política externa e de segurança da UE, Javier Solana, teria corrido um "risco calculado" com a viagem a Israel. Durante uma semana de isolamento no seu quartel-general, em Ramallah, cercado pelo Exército israelense, Arafat só recebeu o enviado dos Estados Unidos, Antohony Zinni, na sexta-feira (5).

Combates

- Israel não se deixou impressionar com as exigências dos Estados Unidos e da UE para retirar suas tropas das cidades palestinas que ocupou nos últimos dias. O primier Sharon avisou que a operação "Muro Protetor" prosseguirá enquanto o seu Exército enfrentar resistência.

Tanques israelenses entraram em vários lugarejos da Cisjordânia na manhã deste domingo. Persistem os combates em Nablus e no campo de refugiados de Jenin. O Exército israelense atacou o campo com tanques e helicópteros, matando vários palestinos. Nas ações da última semana, o Exército israelenses matou aproximadamente 200 palestinos e prendeu mais de 350 supostos terroristas.