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Um ilustre desconhecido entre os melhores

Paulo Chagas11 de novembro de 2003

A participação na Master Cup de Houston coroa o ano de maior sucesso na carreira do tenista alemão Rainer Schüttler, sexto colocado na Corrida dos Campeões.

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Rainer Schüttler, em constante ascensãoFoto: AP

“Os alemães estão mal acostumados com o sucesso de Steffi Graf e Boris Becker”, reconhece Rainer Schüttler. “Por isso é tão difícil atrair a atenção da opinião pública. Mas, no fundo, o que interessa é que estou contente com o meu desempenho”, acrescenta.

De fato, Rainer Schüttler, 27 anos, pode se orgulhar de seu retrospecto em 2003. Logo em janeiro chegou à final do Grand Slam de Melbourne (Aberto da Austrália). Em outubro venceu pela primeira vez dois torneios seguidos ­– o de Tóquio e o de Lyon. Foi finalista, também, do torneio da Costa de Sauípe, na Bahia.

Dos 28 torneios disputados em 2003, Schüttler chegou a cinco semifinais e a sete quartas-de-final, acumulando um total de 1,54 milhão de dólares em prêmios. Sua única decepção foi na disputa da Copa Davis: a equipe alemã perdeu o jogo de repescagem contra a Belarus e saiu do grupo mundial.

A realização de um sonho

Desde 1995 no circuito profissional, este é a primeira vez que Rainer Schüttler chega ao fim de uma temporada entre os top ten do ranking da ATP. “A sexta posição é a realização de um sonho. Venci Andy Roddick e Andre Agassi, que estão entre os melhores do mundo”, disse o alemão, orgulhoso, numa entrevista à revista Focus.

O americano Andy Roddick (líder do ranking) é o cabeça-de-chave do grupo vermelho da Masters Cup de Houston (10 a 16 de novembro), que inclui Rainer Schüttler, o argentino Guillermo Coria (quatro) e o espanhol Carlos Moya (sétimo).

O grupo azul é formado pelo espanhol Juan Carlos Ferrero (segundo), o suíço Roger Federer (terceiro), campeão de Wimbledon 2003, o americano Andre Agassi (quinto) e o argentino David Nalbandian (oitavo). Na primeira fase da Masters Cup, os participantes de cada grupo jogam entre si.

Sem favorito

As últimas duas edições da Masters Cup, que reúne ao final do ano os oito melhores colocados durante a temporada, foram vencidas pelo australiano Lleyton Hewitt. “Em Houston todos os tenistas têm chances”, afirma Dirk Hordorff, o treinador de Schüttler. Mas ele admite que o seu pupilo caiu no grupo mais difícil.

O número 1 do tênis alemão estima que tem boas chances de chegar às semifinais, o que é possível mesmo perdendo um jogo do grupo. Seu principal objetivo, entretanto, é disputar bem o torneio, a fim de subir uma ou duas posições no ranking.

Agassi disputa sexto torneio consecutivo

Distribuindo 700 mil dólares em prêmios, a Masters Cup realiza-se pela primeira vez na metrópole texana de Houston. Os americanos Roddick e Agassi são os principais xodós da imprensa local. Principalmente Agassi, 33 anos, que volta às quadras depois do nascimento da sua filha Jazz, com a alemã Steffi Graf.

A última partida de Agassi foi a semifinal do Aberto dos Estados Unidos, em que foi eliminado por Ferrero. Esta é a sexta vez consecutiva que o veterano americano disputa o último grande torneio da temporada. Com um total de 58 títulos, Agassi tem mais títulos que todos os outros concorrentes da Masters Cup juntos.