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UE recua e não aplica sanções contra os EUA por causa do aço

(ns)22 de julho de 2002

Os ministros das Relações Exteriores da UE decidiram abrir mão de represálias que afetariam produtos norte-americanos em resposta às sobretaxas cobradas por Washington às importações de aço da Europa.

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Siderúrgica britânica no País de GalesFoto: AP

Por enquanto a União Européia desistiu de aplicar sanções contra têxteis e outros produtos importados dos Estados Unidos, no contexto do conflito comercial do aço. Ele foi desencadeado por Washington em março, com o estabelecimento de sobretaxas de até 30% sobre as importações de aço, para proteger as siderúrgicas nacionais. A medida atingiu a União Européia e vários países, inclusive o Brasil. Reunidos em Bruxelas nesta segunda-feira (22), os ministros europeus das Relações Exteriores decidiram voltar ao assunto em setembro.

Inicialmente a comunidade de 15 países ameaçou impor taxas especiais a importações americanas, no valor de 378 milhões de euros. A Comissão Européia calculou em aproximadamente 2,4 bilhões de dólares o montante do prejuízo para as siderúrgicas e firmas no Velho Continente. A decisão já estava sendo esperada, pois confirma o parecer da Comissão Européia da sexta-feira (19/07).

EUA e UE evitam escalada

Se os europeus optaram por entrar em compasso de espera, isso se deve às exceções com que o governo americano acenou e começou a conceder. Até a semana passada, exportações européias de aço no valor de 290 milhões de euros foram excetuadas do pagamento de sobretaxas, o que é apenas uma pequena parte do que foi solicitado pelas empresas européias. O presidente George W. Bush, contudo, indicou que só irá decidir sobre novas exceções no final de agosto.

"Estamos satisfeitos por ter-se desistido de uma escalada do conflito", disse o Jürgen Chrobog, subsecretário do Ministério alemão do Exterior. Agora seria preciso aproveitar a chance de continuar negociando com os Estados Unidos. A Alemanha e a Grã-Bretanha eram contra as sanções no atual estágio do conflito. A União Européia continua defendendo o parecer de que as sobretaxas americanas são ilegais, frisaram os ministros, num comunicado. Por isso, a UE entrou com uma queixa perante a Organização Mundial do Comércio (OMC). Sua sentença, no entanto, só é aguardada para o ano que vem.