UE quer indenização de Israel pelas instalações palestinas
28 de janeiro de 2002Os ministros manifestaram-se "muito preocupados" com a destruição da infra-estrutura e de patrimônios palestinos. As instalações bombardeadas foram, em parte, financiadas pela União Européia e outros países, como contribuição para o desenvolvimento econômico, social e humanitário dos territórios palestinos. A nota oficial conclama o governo de Israel a suspender imediatamente as destruições. Caso a UE venha a reivindicar uma indenização, isto deve ocorrer num "fórum adequado", diz o documento.
Situação crítica
O documento emitido pelos ministros de Relações Exteriores da UE afirma ser crítica a situação no Oriente Médio. É preciso romper de imediato o círculo vicioso de violência e vítimas em ambos os lados. Israel necessita da Autoridade Nacional Palestina e do seu presidente eleito Yassir Arafat como interlocutor, para exterminar o terrorismo e marchar em direção à paz, declararam os ministros europeus. O presidente palestino não pode ser enfraquecido.
Por outro lado, a Autoridade Nacional Palestina e Arafat foram conclamados pela União Européia a fazer todos os esforços possíveis para acabar com a Intifada e com os atos de terrorismo. Os envolvidos com os atentados terroristas têm de ser presos e levados a julgamento.
Suécia censura EUA
Antes da reunião em Bruxelas, a ministra sueca das Relações Exteriores Anna Lindh fez severas críticas à política dos Estados Unidos no Oriente Médio. Ela referiu-se em especial à ameaça do governo de George W. Bush de romper todos os contatos com Arafat e de classificar o líder palestino como chefe de uma organização terrorista. "Sou de opinião que a discussão sobre a equiparação de Arafat com terroristas é parcial e burra", disse a ministra.