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Meio Ambiente

2 de agosto de 2007

Os incêndios que castigaram vários países da Europa na última semana já foram controlados, mas o episódio reavivou a discussão sobre a criação de uma tropa de intervenção no caso de catástrofes naturais no continente.

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Corpo de bombeiros tenta conter o fogo a oeste de AtenasFoto: picture-alliance/dpa

Em vista dos incêndios que castigaram a Europa no fim de julho, o comissário europeu do Meio Ambiente, Stavros Dimas, defendeu a criação de um corpo de bombeiros para combater os incêndios florestais no continente. A idéia é de seu ex-colega francês Michel Barnier, que em 2006 já havia sugerido a criação de uma de tropa de intervenção para catástrofes naturais na Europa.

No caso de incêndios florestais, devem ser alocados uma reserva de unidade de corpos de bombeiro e dez aviões antiincêndio, que estariam disponíveis a qualquer momento para os membros do bloco econômico. Os países atingidos pelas chamas na última semana contaram com o apoio de seus vizinhos europeus, como a Alemanha. Mas Dimas explicou que, com uma tropa de intervenção especial para casos de emergência, a ajuda chegaria mais rapidamente em toda a Europa.

Alerta contra incêndios continua

Os corpos de bombeiros locais controlaram em grande parte, na quarta-feira (01/08), os incêndios florestais que tomaram conta do sudeste europeu. Em 24 horas, 68 incêndios em toda a Grécia foram contidos com a ajuda de helicópteros e aviões.

Segundo o Ministério da Silvicultura em Sófia, desde o início de 2007 houve na Bulgária 1.300 incêndios numa superfície de 29 mil hectares, área equivalente à cidade de Dortmund. Os estragos custariam a curto prazo pelo menos 1,6 milhão de euros.

Waldbrände im Süden Griechenlands
Incêndio florestal no sul da GréciaFoto: picture alliance / dpa

O ministro búlgaro do Interior, Rumen Petkov, afirmou que grande parte dos incêndios foi causado pela "descaso e irresponsabilidade" e que mais de 40 pessoas no país foram detidas por suspeita de incêndio intencionado. Não se pode falar, entretanto, de um fim de alerta de fogo no sudeste da Europa. "O perigo de incêndios continua extremamente alto, principalmente no sul e no oeste do país", disse um porta-voz do corpo de bombeiros grego.

Na Espanha, depois de dias de combate às chamas, os incêndios florestais nas Ilhas Canárias foram contidos e grande parte da população evacuada pôde voltar para casa. De acordo com o jornal El País, um terço da vegetação de Gran Canaria e Tenerife foi destruído.

Segundo as autoridades locais, as chamas teriam sido intencionais. Em Gran Canaria, por exemplo, um homem de 37 anos ateou fogo na vegetação por estar prestes a perder o emprego. O primeiro ministro espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, exigiu uma rigorosa penalidade para os incendiários e prometeu ajuda para a população atingida.

Escassez de água

Na Turquia, a população ainda sofre com a escassez de água. Por causa da mais grave seca das últimas décadas, metade da cidade de Ancara ficou sem abastecimento de água na quarta-feira. O fornecimento hidráulico se alternará a cada 48 horas pelos bairros atingidos e muitos habitantes se precaveram com tanques d’água. As autoridades justificaram suas medidas dizendo que os reservatórios de água para mais de 3 milhões de pessoas na cidade teriam chegado a um "nível crítico".

Na Itália, o nível da água do Lago de Garda baixou 40 centímetros desde junho, de acordo com o jornal La Repubblica. Por isso, o trânsito de aerobarcos teve que ser suspenso. Especialistas temem que até o fim de agosto todo o tráfego fluvial terá que ser bloqueado. (jv)

Italien Nach Waldbrände in Süditalien Peschini
No sul da Itália a temperatura chegou a 42 grausFoto: AP