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Encontro de cúpula

24 de junho de 2011

Para salvar o euro, a União Europeia concorda em socorrer a Grécia – mais uma vez –, desde que seja aprovado pacote de austeridade. Em Bruxelas, bloco também também debate mecanismos para evitar crises futuras.

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Moeda comum: obrigações coletivasFoto: picture-alliance/dpa

A crise da dívida e como superá-la estiveram no centro do debate no primeiro dia do encontro de cúpula dos líderes da União Europeia (UE), em Bruxelas, nesta quinta-feira (23/06).

Em pleno feriado de Corpus Christi, foi acertado que o bloco se dispõe a ajudar mais uma vez o país mais afetado do bloco, a Grécia, desde que Atenas encaminhe reformas para conter gastos. Será o segundo pacote do tipo para o país, no valor de até 120 bilhões de euros.

José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, ressaltou que o dinheiro, no entanto, só chegará às mãos do governo grego depois que o parlamento aprovar o plano de austeridade, o que deve acontecer na próxima semana.

As reformas são imprescindíveis, assim como o programa de privatização, afirmou Barroso. Mas o crescimento também é importante. Sobre o tema, Barroso sugeriu uma iniciativa ao primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, para usar os fundos da União Europeia na criação de empregos no país e dessa forma, acelerar o crescimento da economia. Para isso, a UE deverá liberar um pagamento de emergência no valor de um bilhão de euros.

Proteção contra a crise

Para proteger a União Europeia de crises futuras, os 27 países-membros decidiram implementar o chamado Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), como explicou Herman van Rompuy, presidente do Conselho Europeu.

Também se conseguiu delinear um pacote de leis para fortalecer a supervisão da economia, o chamado Six Pack, uma espécie de pacote de estabilidade e sistema de vigilância macroeconômico, acrescentou Rompuy.

O Mecanismo de Estabilidade Europeu contará com um volume de crédito de 500 bilhões de euros. Depois da ratificação das emendas necessárias no tratado da União Europeia, o mecanismo irá substituir o fundo emergencial EFSF em meados de 2013.

Como grande lição da crise na zona do euro, UE aprendeu que a decisão de um Estado afeta todos os outros países, principalmente aqueles que dividem a moeda comum, ressaltou Rompuy.

Sem reforma: sem dinheiro

Já no início do encontro, era unanimidade entre os líderes europeus que a Grécia não receberá dinheiro caso não efetue as reformas esperadas. Não há alternativa a esse plano, afirmou Jean-Claude Juncker, presidente do grupo do euro e primeiro-ministro de Luxemburgo.

Também o chanceler federal austríaco, Werner Faymann, ressaltou que uma moeda comum também requer obrigações coletivas. Essa obrigação não seria um "saco sem fundo", no qual só se coloca dinheiro, mas também estaria ligada a condições muito claras, completou Faymann.

Autora: Daphne Gratwohl (np)
Revisão: Roselaine Wandscheer