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UE espera que Bolívia mantenha a confiança dos investidores

3 de maio de 2006
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A União Européia (UE) manifestou nesta quarta-feira (3/05) sua expectativa de que a Bolívia mantenha a confiança dos investidores após a "inesperada" decisão de nacionalizar as jazidas de hidrocarbonetos e que garanta uma "colaboração sustentável com as companhias afetadas".

O comissário europeu de Energia, Andris Piebalgs, e o ministro austríaco de Economia, Martin Bartenstein, em nome da presidência rotativa da UE, se mostraram preocupados com o fato de que o governo da Bolívia utilizou o Exército para ocupar instalações produtoras de energia.

Em comunicado, os representantes da UE dizem ter se informado "sobre o recente e inesperado anúncio do governo boliviano sobre sua indústria do gás". Piebalgs e Bartenstein afirmam que a Bolívia deve garantir uma "colaboração sustentável com as empresas afetadas através de um diálogo ativo e efetivo". Em relação ao emprego do Exército para ocupar instalações de energia, os representantes da UE asseguram que acompanharão atentamente os acontecimentos "durante os próximos meses".

O presidente da Bolívia, Evo Morales, decretou no último dia 1º de maio uma nacionalização de hidrocarbonetos, com a ocupação militar de campos e de refinarias, e informou as companhias petrolíferas que têm a opção de assinar novos contratos em 180 dias ou deixar o país.

A Comissão Européia lamentou ontem que o governo boliviano não tenha feito "um processo de consulta e discussão" prévia antes de aprovar o decreto. O representante da UE para a Política Externa e Segurança, Javier Solana, advertiu que a ausência de segurança jurídica não beneficiará "o desenvolvimento político e econômico" do país andino. (rw)