UE e países do Golfo exigem libertação de Arafat
28 de fevereiro de 2002A União Européia e os Estados do Golfo exigiram de Israel o fim da prisão domiciliar do presidente palestino, Yassir Arafat, sob pena de a Arábia Saudita não apresentar, oficialmente, o seu plano de paz para o Oriente Médio. A exigência foi feita pelos ministros do Exterior da UE e do Conselho de Cooperação do Golfo, em Granada, na Espanha, nesta quinta-feira (28).
A Arábia Saudita só apresentará os detalhes de seu plano, que conta com grande aceitação internacional, se o líder palestino puder participar da conferência de cúpula da Liga Árabe, em Beirute, no final de março, disse o ministro Josep Piqué, da Espanha, país atualmente na presidência rotativa da UE. Além da Arábia Saudita, o Conselho de Cooperação do Golfo é constituído pelo Catar, Barein, Kuwait, Omã e Emirados Árabes.
Enquanto isso, o encarregado da política externa e de segurança da UE, Javier Solana, encerrou suas sondagens no Oriente Médio, em Amã, com um encontro com o rei Abdula II da Jordânia. Acabar com o derramamento de sangue em Israel e nos territórios palestinos e salvar o processo de paz no Oriente Médio são as metas do giro de Solana pela região, sem resultados práticos, pelo menos por enquanto.
Na quarta-feira, Solana discutiu com o príncipe herdeiro saudita Abdula, em Riad, sobre a sua iniciativa de paz. A proposta prevê a retirada de Israel dos territórios ocupados e, em compensação, o reconhecimento do Estado judeu e de sua segurança por parte do países árabes. O plano foi saudado pelos Estados Unidos e a União Européia.
Segundo a agência de notícias jordaniana, o rei Abdula destacou que o plano do príncipe saudita representa o ponto de vista árabe sobre os anseios de paz e que Israel tem de reagir de maneira positiva. Solana vai a Washington na próxima semana para discutir o plano saudita de paz.