UE e EUA preparam ação conjunta pela paz no Oriente Médio
9 de março de 2002A nota oficial do Ministério holandês afirma textualmente que a União Européia e os EUA estão preparando uma iniciativa diplomática conjunta, para instar Sharon a um cessar-fogo imediato e para insistir com as duas partes conflitantes a que retornem à mesa de negociações. Um porta-voz do Ministério afirmou ainda que estou em curso conversações permanentes e intensas entre representantes da União Européia e dos Estados Unidos, sobre a questão. É possível que a iniciativa seja apresentada em Tel Aviv na manhã de domingo, acrescentou.
O conflito atual foi desencadeado há cerca de um ano e meio e já custou a vida de mais de 1300 pessoas. Fracassaram até agora todas as tentativas dos EUA e da União Européia, de fazer uma intermediação entre o governo de Israel e os palestinos, a fim de romper o círculo vicioso da violência. Os esforços de Washington e dos europeus não foram, contudo, coordenados entre si. A nova iniciativa conjunta poderá, assim, ter maior peso junto ao governo israelense.
Liberdade para Arafat
O ministro alemão das Relações Exteriores, Joschka Fischer, saudou o retorno ao Oriente Médio do mediador enviado pelo governo americano, Anthony Zinni. Segundo Fischer, a única forma de solucionar o conflito entre palestinos e israelenses é através das negociações. Nenhum dos dois lados conseguirá jamais impor uma solução militar à questão. As duas partes precisam encontrar força para negociar e implementar uma "paz difícil", segundo o ministro.
Joschka Fischer considera importante que o presidente palestino Yassir Arafat recupere a sua liberdade de trânsito e que possa viajar para a próxima conferência de cúpula da Liga Árabe, a ser realizada em Beirute. De outra maneira, Arafat não poderá conduzir as negociações para uma eventual implantação do plano de paz da Arábia Saudita, disse Fischer. A proposta apresentada pelos sauditas tem apoio internacional e prevê o reconhecimento de Israel pelos países árabes, desde que as tropas israelenses sejam inteiramente retiradas dos territórios palestinos e que Israel reconheça o Estado palestino.