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Turquia cogita enviar tropas à Síria

13 de fevereiro de 2016

O ministro do Exterior turco, Mevlut Cavusoglu, afirma que Ancara se dispõe a participar de uma operação terrestre. Premiê francês Manuel valls diz ser a favor do envio de tropas locais para combater o EI na Síria.

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Ministro do Exterior turco, Mevlut CavusogluFoto: AFP/Getty Images/A. Altan

O ministro do Exterior da Turquia, Mevlut Cavusoglu, reiterou neste sábado (13/02) a determinação de Ancara em combater o grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI) e afirmou que seu país se dispõe a participar de uma operação terrestre na Síria dentro da coalizão contra o EI liderada pelos EUA.

"Temos declarado que a Turquia e Arábia Saudita, todos nós, podemos participar de uma operação terrestre", afirmou o ministro, que participa da Conferência de Segurança de Munique.

Há quase 10 dias, a Arábia Saudita anunciou estar disposta a integrar uma ação terrestre na Síria, dentro da coalizão liderada pelos Estados Unidos, contra o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI). "Se houver vontade da coalizão para uma operação terrestre, vamos contribuir de forma positiva", afirmou o brigadeiro-general Ahmed al-Asiri.

Segundo informações dos diários turcos Milliyet e Yeni Safak, o ministro se referiu à possibilidade de as tropas sauditas entrarem na Síria a partir do solo turco. "Este é um desejo, nada planejado. A Arábia Saudita está enviando aeronaves e dizendo que poderia contribuir com tropas para uma operação em solo, se necessário", frisou Cavusoglu, informando sobre o envio, pela Arábia Saudita, de aviões militares à base turca de Incirlik, de onde os EUA já estão conduzindo ataques aéreos contra o EI na Síria.

Cavusoglu observou que a chegada dos bombardeiros, cujo número ele não especificou, e a disposição de enviar tropas mostram "a determinação da Arábia Saudita de lutar contra o terrorismo na Síria".

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou em Munique que uma vitória contra o EI só é possível com o uso de forças terrestres locais. "A operação terrestre destas tropas locais – e até mesmo de alguns países árabes, se eles assim decidirem – é crucial, mesmo que apenas para manter as posições reconquistadas", disse Valls, ressaltando que a França não pretende enviar tropas terrestres na luta contra o EI.

MD/afp/dpa/rtr/efe