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Trump pede ao Congresso investigação sobre grampo de Obama

5 de março de 2017

Presidente acusa antecessor de ordenar escuta na Trump Tower durante campanha eleitoral, sem apresentar evidências. Congresso deve analisar se houve abuso de poder, afirma Casa Branca.

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Donald Trump
Trump fez acusação a Obama por meio do TwitterFoto: picture-alliance/AP Photo/P. Martinez Monsivais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou ao Congresso uma investigação sobre supostas escutas em suas conversas durante a campanha eleitoral e que determine se o governo de Barack Obama cometeu abuso de poder, informou neste domingo (05/03) o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

"O presidente Donald J. Trump está pedindo que, como parte de sua investigação da atividade russa, os comitês de inteligência do Congresso apliquem sua autoridade de supervisão para determinar se os poderes de investigação do braço executivo foram abusados em 2016", afirmou Spicer em comunicado.

Neste sábado, Trump acusou Obama de ter ordenado a gravação de suas conversas na Trump Tower de Nova York antes das eleições de novembro do ano passado. O republicano não apresentou evidência alguma, e, por meio de seu porta-voz, Obama negou categoricamente a acusação.

Spicer afirmou que Trump e funcionários do governo não farão mais comentários sobre a questão até que o Congresso conclua as investigações.

Trump fez a acusação sobre o grampo telefônico numa série de postagens no Twitter. Ele comparou a suposta ingerência ao escândalo Watergate, de espionagem política, que levou à demissão do então presidente Richard Nixon, em 1974.

Reação de Obama

O porta-voz de Obama, Kevin Lewis, afirmou que era regra de seu governo que nenhum funcionário da Casa Branca interferisse em investigações do Departamento de Justiça, as quais devem decorrer livres de influência política.

"Nem o presidente Obama nem nenhum funcionário da Casa Branca jamais ordenaram a vigilância de um cidadão americano", disse Lewis, afirmando que qualquer sugestão contrária é "simplesmente falsa".

Neste domingo, o ex-diretor da Inteligência Nacional do governo Obama, James Clapper, negou que tenha havido uma ordem de vigilância para a Trump Tower. Clapper afirmou que como diretor de inteligência ele saberia se isso tivesse ocorrido.

LPF/efe/rtr/ap