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Trump amplia direitos políticos de igrejas

5 de maio de 2017

Ordem executiva permite a organizações isentas de impostos, como grupos religiosos, ter maior influência na política americana ao se envolverem em campanhas e apoiar candidatos abertamente.

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Igrejas e grupos religiosos poderão participar mais ativamente da política e apoiar candidatos
Igrejas e grupos religiosos poderão participar mais ativamente da política Foto: Imago/UPI Photo/K. Dietsch

O presidente americano, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (04/05) uma ordem executiva permitindo que organizações isentas de impostos, como igrejas e grupos religiosos, possam participar mais ativamente da política.

A ordem encarrega o Serviço de Receitas Internas (IRS) de "aliviar o peso" de uma emenda constitucional de 1954 que proíbe as organizações isentas de impostos de tomar parte em campanhas políticas ou de apoiarem diretamente um candidato.

O texto pede ainda que o governo estabeleça regras para que grupos religiosos possam negar a seus funcionários planos de saúde que contrariem seus valores religiosos, como métodos de controle de natalidade.

A ordem cumpre parcialmente uma promessa de campanha de Trump, que pediu apoio a grupos religiosos quando candidato à presidência. Ele, porém, precisará que o Congresso derrube a emenda de 1954, proposta pelo ex-presidente Lyndon Johnson, então senador pelo estado do Texas.

A nova ordem recebeu elogios de organizações religiosas que se sentiam restringidas pela lei ou que a violavam abertamente. Os opositores afirmam que a medida poderá pôr as mulheres em risco e enfraquecer a tradição de separar a igreja e o Estado.

"Não permitiremos mais que a fé das pessoas seja atacada, coagida ou silenciada", disse Trump na cerimônia de assinatura da ordem na Casa Branca, cercado de mais de 40 líderes religiosos cristãos e judeus. "Ninguém deveria censurar sermões ou atacar os pastores", afirmou.

O Sindicato Americano das Liberdades Civis ameaçou ir à Justiça para bloquear a ordem, mas acabou desistindo por considerar que as provisões mais prejudiciais ainda serão adotadas. A medida, segundo a instituição, não chega a cumprir a promessa de Trump de "destruir totalmente" a emenda de Lyndon Johnson.

RC/rtr/dpa