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Decisão judicial

3 de abril de 2007

Tribunal decide que cinzas de um morto não podem virar diamante sem provas concretas de que esta realmente foi vontade do falecido. Como esta forma de enterro não é permitida na Alemanha, cinzas seriam enviadas à Suíça.

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Rinaldo Willy mostra diamante azul feito de cinzas humanas em sua empresa na SuíçaFoto: AP

A urna com as cinzas do falecido continuará sob custódia de um cemitério em Wiesbaden, até que a mãe (de 86 anos) e a filha do falecido, através de seus advogados, decidam o que fazer com os restos mortais. É desejo da mãe do morto finalmente enterrá-lo, para que encontre sua paz eterna.

Já a garota, de 19 anos, insiste que antes de morrer o pai lhe consentiu verbalmente transformar suas cinzas em diamante. Um cunhado do morto, no entanto, garante que ao visitar um cemitério com ele no final do ano passado ouviu-o dizer: "Em breve também estarei aqui para sempre".

Complicações legais

Enquanto na Alemanha e na Áustria o enterro em cemitério é obrigatório, na Suíça, Holanda e nos Estados Unidos, as leis são outras. Lá existem não só empresas especializadas em transformar restos mortais em diamante, como também não há problemas em depositar a urna com as cinzas humanas em casa.

Os juízes do Tribunal Administrativo de Wiesbaden reconhecem os direitos da filha de decidir sobre o destino do corpo do pai, mas alegam falta de provas de que "tal forma exótica de 'enterro' não permitido na Alemanha" realmente atende aos desejos do falecido.

Outra questão a ser esclarecida é se o diamante feito de cinza humana poderia ser trazido de volta à Alemanha. "Um diamante é, no final das contas, a cinza prensada", argumenta a advogada Heike Böhme-Küppenbender, da Associação Alemã de Funerárias.

Também a Igreja vê problemas no uso deste tipo de pedra como jóia, o que considera "perturbação da paz do morto", segundo Sigurd Rink, da Igreja Evangélica de Hessen-Nassau. (rw)