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Tribunal alemão absolve ex-CEO da Porsche

18 de março de 2016

Wendelin Wiedeking é inocentado de acusações de manipulação de mercado envolvendo tentativa fracassada de aquisição da Volkswagen. Caso é um dos maiores escândalos empresariais da história da Alemanha.

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Foto: dapd

Um tribunal regional em Stuttgart pôs fim nesta sexta-feira (18/03) a um dos maiores escândalos empresariais da história da Alemanha. A corte inocentou o ex-presidente da Porsche Wendelin Wiedeking e o ex-diretor financeiro da empresa Holger Härter das acusações de manipulação do mercado relacionadas a uma tentativa fracassadade adquirir o controle da Volkswagen em 2008.

"Não há nada nas alegações dos promotores de Stuttgart – nada", afirmou o juiz Frank Maurer ao encerrar o caso.

A promotoria havia pedido penas de até dois anos de prisão para Wiedeking e Härter pela manipulação do mercado e por ludibriar o público antes da tentativa fracassada de aquisição da Volkswagen em 2008.

Ambos também foram acusados de ocultar intencionalmente de investidores e reguladores de mercado seus planos de aumentar a participação da Porsche na Volkswagen, enquanto negavam publicamente a intenção der adquirir a empresa. Os dois executivos rechaçaram as acusações e seus advogados exigiam a absolvição total de seus clientes.

Deutschland Prozess gegen ehemalige Porsche-Vorstände Wendelin Wiedeking
Wendelin Wiedeking, ex-CEO da Porsche, foi forçado a deixar o cargoFoto: Getty Images/AFP/T. Kienzle

Em outubro de 2008, a Porsche anunciou ser proprietária de 42,6% das ações comuns da Volkswagen, e havia adquirido opções de compra para mais 31,5%, o que a deixaria com 74,1% do total. A empresa havia anunciado que pretendia obter 75% das ações da WV. O anunciou gerou atividades desenfreadas no mercado de ações.

O valor individual das ações da Volkswagen aumentou de 290 para 1.005 euros, fazendo com que fosse a empresa mais valorizada no mercado mundial durante um curto período. Calcula-se que especuladores tenham perdido em torno de 15 bilhões de euros em apenas dois dias.

Os planos foram desfeitos em 2009, após a Porsche enfrentar problemas relacionados a um empréstimo de 10 bilhões de euros, o que levou o grupo Volkswagen a montar uma operação de resgate que culminou na aquisição da Porsche. Wiedeking e Härter foram forçados a deixar seus cargos.

RC/ap/afp/dpa/rtr