Trabalho só no papel?
11 de julho de 2004"A lei é uma coisa, sua implementação, outra", declarou o ministro alemão da Economia, Wolfgang Clement, insinuando que o combate ao desemprego depende em grande parte da iniciativa da sociedade. Após a aprovação do pacote de reformas do mercado de trabalho pelo Bundesrat, a câmara alto do Parlamento alemão, a coalizão se defronta agora com o desafio da implementação de suas medidas.
De sua parte, o governo anunciou que o Departamento Federal de Trabalho já quadruplicou para 41 mil o número de funcionários encarregados de orientar pessoas desempregadas há mais de um ano. No entanto, assinalou Clement, a criação de novos empregos continuaria dependendo sobretudo do empresariado. Parte dos empregadores, por sua vez, estão tornando a criação de emprego uma condição do aumento da jornada de trabalho, uma proposta severamente rejeitada pelos sindicatos.
Para implementar as reformas do mercado de trabalho, o governo também encontra resistência por parte dos estados do leste do país, contrários à integração de salário-desemprego e ajuda social. Sem a iniciativa dos estados e municípios, as reformas ameaçam ficar no papel.
Confira no link abaixo os principais pontos da nova lei de mercado de trabalho.