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Três técnicos alemães

21 de janeiro de 2008

Berti Vogts, da Nigéria, e Otto Pfister, de Camarões, querem repetir a façanha de Winfried Schäfer, único treinador alemão a vencer o torneio. Reinhard Fabisch dirige a seleção de Benin, zebra da competição.

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Comandada por Berti Vogts (d), a seleção da Nigéria é forte candidata ao títuloFoto: AP

Três técnicos alemães estão empenhados em levar as seleções nacionais que comandam ao título da Copa da África, que começou neste domingo (20/01) e terminará em 10 de fevereiro. Dois deles – Berti Vogts, da Nigéria, e Otto Pfister, de Camarões – estão entre os favoritos à conquista do torneio. Já Reinhard Fabisch surpreenderá se conseguir passar da primeira fase com a seleção de Benin.

O mais famoso dos três é o ex-treinador da seleção alemã Berti Vogts. Ele brinca com a pressão que sofre para trazer o terceiro título para a Nigéria depois do bicampeonato de 1980 e 1994: "Todo o país espera o título – e de preferência sem levar gols".

Até o governo nigeriano pressiona o técnico. "Estamos cheios de prata e bronze. Tragam o título!", disse o ministro dos Esportes Abdulrahman Hassan Gimba. A seleção nigeriana é uma das favoritas, ao lado das equipes da Costa do Marfim, do Egito, de Gana e de Camarões.

WM 2006 Togo Winfried Schäfer
Winfried Schäfer é o único alemão a vencer o torneioFoto: AP

Para Winfried Schäfer, que em 2002, treinando a seleção de Camarões, se tornou o primeiro – e até hoje único – alemão a vencer uma Copa da África, Vogts tem chances de ser campeão com a Nigéria. "Mas a equipe não é tão forte quanto Gana ou a Costa do Marfim", relativizou em entrevista à agência de notícias SID.

O veterano e o novato

Pfister, que participa pela quarta vez da competição, chegou muito perto de ser campeão em 1992, com Gana. Perdeu a final nos pênaltis, quando Tony Baffoe desperdiçou uma cobrança e deu o título à Costa do Marfim. Baffoe, que é filho de um diplomata e nasceu em Bonn, jogou durante muitos anos na Bundesliga e é o organizador-chefe da atual edição da Copa da África.

Pfister também comenta a pressão que sofre para vencer o torneio: "Quando alguém fracassa, é dispensado num piscar de olhos. Aqui, futebol é religião". Antes de Camarões, Pfister comandou as seleções de Burkina Faso (1978), do Zaire (1988) e de Gana (1992).

Se Pfister já é um veterano no torneio, Fabisch encara sua primeira Copa da África. A imprensa alemã é unânime em dizer que dificilmente a equipe de Benin passará da primeira fase do torneio. A federação de futebol local chegou até a colocar anúncios na internet em busca de jogadores para completar o time.

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Pfister tem boas chances com a seleção de CamarõesFoto: AP

Esse nem é o maior problema da equipe: uma organização caótica permitiu que, cinco dias antes da estréia, dois jogadores ainda não tivessem se unido ao time. "Nós somos as zebras neste grupo da morte", reconhece Fabisch. Além de Benin, o grupo B reúne ainda as fortes equipes da Nigéria e da Costa do Marfim, além de Mali.

Jogadores da Europa

Benin é um exceção num torneio recheado de estrelas do porte do marfinense Didier Drogba e do camaronense Samuel Eto'o. A equipe de Fabisch é formada por jogadores da quinta divisão da Suíça ou da Itália ou de equipes menores da Inglaterra e da França, além de jogadores que estão em equipes locais.

Os principais clubes europeus cederam cerca de cem jogadores para as seleções africanas. A maioria deles joga na França (43) e na Inglaterra (33). A Bundesliga cedeu 14 jogadores, sendo dois da Segunda Divisão.

O Hamburgo é o clube alemão com o maior número de craques disputando o torneio continental. São três: Mohamed Zidan (Egito), Thimothee Atouba (Camarões) e Collin Benjamin (Namíbia). A Costa do Marfim é a seleção com o maior número de "alemães": Boubacar Sanogo (Werder Bremen), Arthur Boka (Stuttgart), Stephan Loboue (Greuther Fürth) e Steve Gohouri (Borussia Mönchengladbach). (as)