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Torcedor alemão terá de ter paciência também contra EUA

mw19 de junho de 2002

Comissão técnica da Seleção Alemã diz que time não tem condições de dar show, nem dominar durante 90 minutos. Todos, porém, estão confiantes na classificação para as semifinais. Mistério absoluto sobre escalação.

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Autor de um gol contra Camarões, Bode acha que "o pior já passou" e agora se tem "mais a ganhar do que a perder"Foto: AP

Quem sofreu com a dificuldade da Seleção Alemã em vencer o Paraguai, pode se preparar para agüentar o próximo desafio, sexta-feira, contra os EUA, em Ulsan (Coréia do Sul), pelas quartas-de-final da Copa do Mundo. "Não será um jogo de alto nível. Não somos fortes o suficiente para dominar durante 90 minutos. Não vou achar injusto se fizermos nosso gol da vitória somente aos 43 ou 44 minutos do segundo tempo", avisa Michael Skibbe, auxiliar técnico do selecionado nacional, referindo-se ao tardio gol de Neuville contra os paraguaios nas oitavas-de-final.

O treinador Rudi Völler espera, no entanto, uma melhora no rendimento dos jogadores, especialmente em comparação ao fraco primeiro tempo em Seogwipo. "Temos de jogar mais no limite de nossa capacidade", enfatiza o técnico.

Xô fantasma

– O otimismo é total na concentração alemã na Ilha Jeju. "Nosso time é mais forte do que o americano, logo vamos vencer", assegura Skibbe. "Eles têm muitas qualidades, mas na conta geral temos saldo", acrescenta o auxiliar técnico. "Vamos fazer tudo para continuar no torneio. Estou muito otimista", afirma Völler, mais cauteloso.

O fantasma do fracasso da Eurocopa 2000 está praticamente banido da seleção. "Já passamos pelo pior. A pressão agora se dá de forma positiva. Temos mais a ganhar do que a perder", acredita o jogador Bode, que deve voltar à reserva.

Retorno dos suspensos

– Se o retorno do meia esquerda ao banco é dado como certo, as dúvidas são muitas quanto à escalação do time que começará em Ulsan. Ao menos por parte dos jornalistas. Os correspondentes alemães divergem em seus boletins sobre a formação tática e os jogadores a serem usados contra os EUA. O técnico Völler deu, porém, uma pista de que Hamann, Ramelow e Ziege devem integrar a equipe, após cumprirem suspensão no último jogo. "Contra o Paraguai, deu para ver que não se pode substituir tão facilmente três jogadores experientes", insinuou o treinador.

Na prática, o campeão mundial de 1990 faz mistério. Sabe-se que, no treino a portas fechadas desta quarta-feira, o ex-atacante alemão experimentou mais uma vez diferentes formações e alternativas de time, o que tem estimulado a concorrência entre os jogadores. "A situação para Rudi não está fácil, pois todos aqueles que inicialmente ficavam no banco (e jogaram contra o Paraguai), mostraram serviço. Temos um nível homogêneo", opina Bode.

Mistério habitual

– As dúvidas começam na defesa, apesar de o zagueiro titular Metzelder estar praticamente curado de suas contusões nos tornozelos e já ter retomado os treinos. Embora Völler tenha sempre enfatizado a importância de Ramelow para a equipe, fato é que a zaga mostrou-se mais firme sem ele. Por outro lado, o zagueiro Kehl e o meio-campo Jeremies tiveram bom desempenho contra o Paraguai. No ataque, especula-se sobre a permanência de Neuville ao lado do artilheiro Klose ou a volta de Jancker.

Como de hábito, Völler deverá manter o suspense sobre a escalação até o momento do jogo. Nesta quinta-feira, a Seleção Alemã embarca pela manhã para Ulsan, onde à noite fará um treino de reconhecimento do Munsu Football Stadium.