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Mercado financeiro

20 de agosto de 2011

Temor de nova recessão mundial leva bolsas de valores internacionais a encerrar a semana em queda. Indice alemão e norte-americano fecharam no vermelho – embora a baixa não tenha sido tão acentuada quanto se temia.

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Foto: gemenacom - Fotolia/AP/DW

Nesta sexta-feira (19/08), o índice financeiro alemão DAX chegou a registrar queda de mais de 4%, atingindo 5.345 pontos, seu mais baixo volume de negociações desde novembro de 2009. Ao longo do dia, no entanto, a Bolsa de Frankfurt conseguiu recuperar parte das perdas e fechou em 5.480 pontos, equivalente a -2,2%.

Também em outras partes da Europa, as bolsas mantiveram a trajetória negativa. O índice Footsie-100, de Londres, registrou queda de 3% na manhã de sexta-feira, e caiu abaixo da emblemática marca de 5.000 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 caiu 3,4% , para menos de 3.000 pontos. Como descreveu um analista londrino, o nervosismo dos mercados continua grande e as reações são "rápidas e violentas".

A baixa nas bolsas europeias, considerada moderada diante das flutuações do dia, seguiu o padrão dos Estados Unidos. Em Wall Street, a queda do Dow Jones não foi tão acentuada quanto se esperava. O índice mais importante da bolsa de valores de Nova York perdeu 1,6%, fechando as negociações em 10.818 pontos.

A véspera chegara a ser apelidada "quinta-feira negra": tanto as bolsas norte-americanas quanto europeias registraram perdas maciças. Mesmo as bolsas asiáticas apresentaram forte retração.

Em Wall Street, o Dow Jones caiu 3,7% para 10.991 pontos. Além do medo de um desaquecimento do crescimento econômico, especulações a respeito da capacidade financeira dos bancos europeus abalaram os mercados.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX recuou 5,8% para 5.603 pontos. Foi a maior perda diária desde novembro de 2008, o auge da crise financeira mundial.

Tendência duradoura

Deutschland Wirtschaft Kursrutsch an der Frankfurter Börse
Perdas em Frankfurt lembraram auge da crise financeira de 2008Foto: dapd

Já no final de julho e início de agosto, as bolsas internacionais haviam passado por um período negro com perdas seguidas. A queda no volume de negociações atingiu os níveis registrados no terceiro trimestre de 2008, período que se seguiu à falência do banco norte-americano de investimentos Lehman Brothers.

Desde o início da nova onda de turbulências no mercado, em 21 de julho, o índice Dow Jones já perdeu 15%. O DAX caiu cerca de 20% desde o início de agosto.

Por enquanto, os observadores ainda não registram nenhum sinal tranquilizador. Eles aguardam o 35º fórum de política econômica, marcado para começar na próxima quinta-feira em Jackson Hole, no estado norte-americano de Wyoming, reunindo representantes dos bancos centrais. Consta que novas baixas serão inevitáveis, caso o fórum não traga boas notícias.

As turbulências no mercado financeiro internacional continuam elevando o preço do ouro. Na sexta-feira à noite, o metal precioso bateu novo recorde, sendo vendido a 59,50 dólares o grama. Ao longo da semana o ouro acumulou alta de quase 6%. Desde 1º de julho, seu preço já subiu mais de 25%.

Autor: Thomas Grimmer (ff)
Revisão: Augusto Valente