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Criminalidade

Temer autoriza uso das Forças Armadas no Rio de Janeiro

13 de fevereiro de 2017

Pedido de ajuda foi feito pelo governador Pezão. Mobilização de familiares de PMs em frente a batalhões entra no quarto dia. Protesto é semelhante ao do Espírito Santo.

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Familiares bloquearam saída de policiais do Batalhão de Choque, no centro do RioFoto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente Michel Temer autorizou nesta segunda-feira (13/02) o uso das Forças Armadas no Rio de Janeiro para auxiliar no policiamento das ruas, no quarto dia de mobilização de mulheres e parentes de policiais militares.

O pedido foi feito pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que foi recebido por Temer em Brasília para discutir o assunto. O Planalto ainda não divulgou quantos militares serão enviados ao estado e quando a operação irá começar. O planejamento está a cargo do Ministério da Defesa.

Na manhã desta segunda-feira, manifestantes bloquearam a saída do Batalhão de Choque, no centro do Rio. Familiares impedem a saída de policiais de vários batalhões desde a última sexta-feira em protesto por melhores condições de trabalho e pagamento de horas extras atrasadas, relativas ao segundo semestre de 2016, e o décimo-terceiro salário.

O governo do Rio disse aos familiares que o pagamento dos policiais depende da venda da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), e nenhum acordo foi alcançado.

Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou que batalhões com baixo efetivo estão recebendo apoio de outras unidades. "A Polícia Militar está utilizando de todos os meios disponíveis para colocar o policiamento nas ruas em locais onde há impasse com os manifestantes."

A autorização dada pelo Planalto é semelhante à concedida na semana passada ao Espírito Santo, onde familiares de policiais também impediram a saída de viaturas em batalhões do estado. Mais de 130 pessoas foram mortas na onda de violência que se instalou em várias cidades devido à falta de policiamento. Cerca de 300 militares da Força Nacional e 1.500 militares do Forças Armadas foram enviados ao Espírito Santo.

Em Brasília, Temer afirmou que as Forças Armadas estão "prontas para restaurar a lei e a ordem" em resposta a greves de policiais militares. "O governo decidiu que as Forças Armadas estão prontas e disponíveis contra qualquer hipótese de desordem em qualquer estado do país", afirmou ao descrever a paralisação como uma "insurgência", já que PMs são impedidos de entrar em greve.

Temer disse ainda que a Casa Civil está finalizando um projeto de lei que vai regulamentar o direito à greve no caso de serviços considerados essenciais nos âmbitos federal, estadual e municipal.

KG/abr/ots