1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

RAF

23 de dezembro de 2009

A Corte Federal de Justiça alemã ordenou a libertação da ex-terrorista Verena Becker. Entretanto, ela ainda é tida como suspeita de participação no assassinato do procurador federal Siegfried Buback, em 1977.

https://p.dw.com/p/LCXy
Foto de Verena Becker nos anos 70, divulgada em cartazes da políciaFoto: picture alliance / dpa

A Corte Federal de Justiça alemã considerou que não há motivos suficientes – que seria o risco de fuga – para manter Verena Becker presa, e ordenou, por isso, a libertação da ex-terrorista da Facção Exército Vermelho (RAF), de 54 anos. Entretanto, ela continua sendo considerada suspeita de ter participado do homicídio do procurador federal Siegfried Buback, em 1977.

O tribunal avalia que, devido a uma combinação especial de fatores, Becker não deverá ser sujeita a uma pena longa, caso seja condenada. Por isso, os juízes argumentaram não haver um forte "estímulo à fuga", tendo acolhido, por isso, o requerimento de libertação encaminhado pelo advogado de defesa.

Becker foi detida preventivamente em agosto passado, depois que, segundo a procuradoria federal, foram detectados vestígios do seu DNA em cartas nas quais a RAF reivindicava a autoria do atentado contra Buback. Além disso, encontraram-se anotações pessoais no apartamento de Becker, nas quais ela refletiria sobre o atentado.

Provas suficientes para a acusação

A Procuradoria Federal pretende processar Verena Becker formalmente nos primeiros meses do ano que vem. O procurador federal Rainer Griesbaum afirmou no meio de dezembro que estava confiante de ter provas suficientes para uma acusação.

Generalbundesanwalt Buback bei Anschlag getötet RAF
Local do atentado contra Siegfried BubackFoto: picture-alliance / dpa

Desde meados de abril de 2008 corre a investigação contra Becker, devido a uma possível participação da ex-terrorista no assassinato de Buback e de dois acompanhantes dele. A suspeita de que ela própria foi autora dos disparos, entretanto, não pôde ser confirmada.

Becker foi presa, juntamente com seu cúmplice Günter Sonnenberg, em 3 de maio de 1977, quase um mês após o homicídio de Buback. Antes, ambos os terroristas se envolveram em um tiroteio com a polícia, no qual vários policiais e eles mesmos foram feridos.

Os dois foram condenados à prisão perpétua por causa dos crimes na ocasião da detenção. Em 1989, depois de nove anos e dois meses de prisão, ela foi libertada, através de um indulto assinado pelo então presidente alemão, Richard von Weizsäcker.

Autores: Sabine Faber / Marcio Damasceno
Revisão: Augusto Valente