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Subsídio agrário é pomo de discórdia na União Européia

Marion Andrea Strüssmann10 de junho de 2002

Alemanha, Holanda, Grã-Bretanha e Suécia são contrárias a manutenção do subsídio direto para a agricultura com a admissão de novos países na União Européia.

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O ministro espanhol do Exterior, Josep Piqué, coordenou a reunião em Luxemburgo

Os ministros das Relações Exteriores dos 15 países da União Européia não conseguiram chegar a um acordo sobre a nova política de subsídio à agricultura que será adotada após a expansão da UE, em 2004. No encontro realizado nesta segunda-feira (10/06), em Luxemburgo, a principal pendência é com relação à ajuda financeira direta que atualmente é prestada aos agricultores.

A Comissão da União Européia propôs que a subvenção para a agricultura dos novos países membros seja concedida de forma gradual. Eles começariam recebendo 25% dos subsídios agrários usuais da EU em 2004, só chegando aos 100% em 2013.

Proposta rejeitada -

Os maiores contribuintes da União Européia, ou seja, a Alemanha, Holanda, Grã-Bretanha e Suécia, rechaçaram a proposta. Eles exigem que a União Européia faça uma reforma completa no sistema de subsídios à agricultura e acabe com a ajuda financeira direta aos agricultores antes da admissão dos novos países. A Polônia, um dos países candidatos à UE também foi contrário à proposta, alegando discriminação.

Orçamento -

O secretário de Estado Günter Pleuger, que representou o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Joschka Fischer, na reunião, esclareceu que Berlim não tem a intenção de condicionar a expansão da União Européia à reforma agrária, embora tenha destacado a necessidade de a UE fazer um orçamento dos custos antes de apresentar propostas.

Os valores podem ser bem altos. A União Européia recebe da Alemanha em torno de 10 bilhões de euros por ano. Estima-se que este valor possa ser duplicado com a entrada de dez novos países na UE. O governo alemão não dispõe de tanto dinheiro em seu orçamento público nem pensa em arcar com tal despesa.

Questão adiada -

A situação não é diferente nos países que mais contribuem com a UE. Por isso, não houve consenso na reunião desta segunda-feira. O presidente do Conselho de Ministros da União Européia, Josep Piqué, declarou que os 15 países membros precisam chegar a um acordo sobre o assunto até o encontro de cúpula que será realizado nos dias 24 e 25 de outubro.