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Stoiber: Crise econômica alemã pode ser ameaça para o euro

Marion Andrea Strüssmann5 de dezembro de 2001

O presidente da União Social-Cristã, Edmund Stoiber, atacou o governo Schröder no segundo dia de convenção da União Democrata-Cristã, em Dresden. Os dois partidos cristãos são a maior força de oposição.

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Nesta terça-feira foi a vez de Edmund Stoiber, presidente da União Social-Cristã (CSU) brilhar na convenção da União Democrata-Cristã (CDU), em Dresden. O governador da Baviera reiterou as palavras da presidente da CDU, Angela Merkel, afirmando que a vitória nas próximas eleições depende da união de ambos os partidos.

"A CDU e a CSU podem vencer e nós vamos vencer", afirmou Stoiber perante os 1.000 delegados presentes, lembrando que os condições básicas para a conquista são o desejo de vencer, a autoconfiança e a convicção.

Com relação à indicação de um nome para disputar contra o atual chanceler, Gerhard Schröder, nas eleições do ano que vem, Stoiber foi comedido, frisando apenas que irá discutir o assunto com Merkel no começo de 2002.

Durante seu discurso, Stoiber foi interrompido diversas vezes por aplausos entusiasmados da platéia. Sua aceitação entre os partidários é tão grande quanto a de Merkel, que na segunda-feira foi aplaudida por mais de seis minutos, ao encerrar seu discurso. Ambos são tidos como candidatos em potencial da oposição para o cargo de chefe de governo, mas evitam, por enquanto, qualquer especulação sobre o tema.

Críticas a Schröder

Edmund Stoiber não poupou críticas ao atual governo de coalizão e a Schröder. Ele rechaçou o argumento do premiê de que a péssima situação da economia alemã é reflexo da estreita ligação entre o país e os Estados Unidos, que atualmente atravessa uma crise econômica. Stoiber garantiu que a responsabilidade é toda do governo vigente, pois é Schröder que comanda as diretrizes da política alemã e não o presidente americano.

"A miserável situação em que se encontra a economia alemã trará conseqüências para toda a Europa e pode, inclusive, colocar em risco a estabilidade do euro", criticou o presidente da CSU, acrescentando que nos últimos três anos o governo Schröder afundou o país. "O desemprego cresce, as firmas que abrem falência atingem números recordes, na região leste há recessão enquanto o oeste do país registra crescimento negativo."

Tais argumentos, salientou Stoiber, são suficientes para dar um basta no atual governo de coalizão. Por isso é importante que a CDU e CSU tenham em mente uma única meta: vencer as próximas eleições.

Polêmica da imigração

Quanto à política da imigração, Stoiber garantiu que haverá um consenso entre os dois partidos irmãos. A CDU andou acusando a CSU de evitar um acordo com o governo "por motivos táticos", para levar o assunto aos palanques eleitorais. O presidente da CSU se defendeu das críticas, afirmando nesta terça-feira que o governo não almeja limitar a imigração, mas sim transformar a Alemanha em um clássico país de imigrantes. E esta não é a proposta da CSU e nem da CDU.