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Steinmeier na Ásia com temas políticos e econômicos na bagagem

(rw)18 de fevereiro de 2006

Ministro do Exterior faz giro de cinco dias pela Ásia, acompanhado de grupo de empresários. Parceria econômica, reformas das Nações Unidas e Irã são alguns dos temas em sua agenda.

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Steinmeier na Coréia do Sul, Japão e ChinaFoto: AP

Apenas três dias após retornar do Oriente Médio, o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank Walter Steinmeier, embarcou neste sábado (18/02) para uma viagem de cinco dias à Ásia. O continente perfaz 12% do comércio exterior alemão, com um volume de negócios de 160 bilhões de euros ao ano.

Entre os interesses do grupo de empresários que acompanha o ministro está a venda de tecnologia ambiental alemã, já que tanto a China como o Japão e a Coréia do Sul declararam o meio ambiente como sua área prioritária.

A primeira estação, neste domingo, será a Coréia do Sul, que com um volume de comércio de 15 bilhões de euros é o quarto maior parceiro comercial da Alemanha no continente asiático. Os dois países dividem também a experiência da divisão em dois Estados, que na Coréia ainda não foi superada.

Preço da reunificação

Segundo Gert Weisskirchen, porta-voz de Relações Exteriores da bancada social-democrata, quando os sul-coreanos perguntam pelo preço da reunificação "sempre respondemos claramente que o ganho político, e especialmente o ganho para os cidadãos – acima de tudo a liberdade – é bem mais importantes que qualquer preço econômico".

Steinmeier vai visitar a zona desmilitarizada entre as duas Coréias e encontrar-se com o presidente Roh Moo Hyun e seu colega de pasta, Ban Ki Moon, candidato sul-coreano à sucessão de Kofi Annan na secretaria-geral das Nações Unidas.

No "império do Sol nascente", um tema do chefe da diplomacia alemã deverá ser a ambição do Grupo dos Quatro (Brasil, Alemanha, Índia e Japão) por reformas nas Nações Unidas. O grupo não está mais coeso desde que o Japão desistiu da vaga permanente no Conselho de Segurança.

Irã, um tema no Japão e na China

Ao lado de assuntos como o programa nuclear do Irã e o problema demográfico japonês, semelhante ao da Alemanha, os alemães estão interessados em saber o que Tóquio faz para superar a crise econômica.

A China havia surpreendido a comunidade internacional no início do ano ao apoiar a sugestão européia e norte-americana de levar o Irã ao Conselho de Segurança. Em Pequim, Steinmeier deverá se certificar se a dependência chinesa do petróleo iraniano não levará a China a mudar de opinião.

China precisa de ajuda ao desenvolvimento?

A economia, aliás, será o tema principal de Steinmeier na China, quarta potência econômica mundial, atrás de Estados Unidos, Japão e Alemanha. Se, por um lado, é um mercado lucrativo – o comércio teuto-chinês movimenta 50 bilhões de euros ao ano – por outro envolve questões delicadas, como o respeito à propriedade intelectual.

Os chineses têm a fama de importar tecnologia de ponta, para depois copiá-la, como no caso do Delfim, o trem magnético concorrente do alemão Transrapid, apresentado na semana passada. Os chineses, no entanto, asseguram que tudo nele "é chinês".

Também os direitos humanos e a ajuda ao desenvolvimento deverão ser enfocados pela delegação alemã na China. O maior país do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes, recebeu 70 milhões de euros da Alemanha a título de ajuda ao desenvolvimento. Uma contribuição questionável, levando-se em consideração que Pequim mantém um ambicioso programa de pesquisa espacial e o próprio país tem programas de apoio financeiro a outras nações.