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Sobe índice de aprovação de Merkel

1 de março de 2016

Popularidade da chanceler federal alemã aumenta 8 pontos percentuais em fevereiro. Ao mesmo tempo, cresce o número de cidadãos insatisfeitos com a política de refugiados adotada pelo governo.

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Foto: Reuters/F. Lenoir

Os índices de aprovação da chanceler federal alemã, Angela Merkel, aumentaram ao longo de fevereiro, de acordo com uma pesquisa encomendada pela emissora pública alemã ARD. No entanto, um número crescente de alemães está insatisfeito com a política de refugiados da líder alemã.

Segundo a enquete, realizada entre os dias 26 e 27 de fevereiro e divulgada nesta segunda-feira (29/02), 54% dos alemães estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o desempenho do governo Merkel. A aprovação cresceu 8 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, do início do mês, mas segue bem aquém dos 67% alcançados em julho de 2015.

Enquanto isso, o índice de aprovação do governador da Baviera e ferrenho crítico da política de refugiados do governo federal, Horst Seehofer, caiu de 46% para 38%. Seehofer é também o líder da União Social Cristã (CSU), tradicional aliada da União Democrata Cristã (CDU), de Merkel.

Apesar da ascensão na popularidade, o modo como Merkel vem gerenciando a crise de refugiados tem poucos simpatizantes na Alemanha. Dos entrevistados, 59% não estão satisfeitos com a política de imigração adotada por Berlim, em comparação com os 39% que estão satisfeitos ou muito satisfeitos.

Merkel conta com o apoio da maioria dos eleitores da CDU, com 55% deles aprovando o curso adotado por ela nas questões referentes a asilo e refugiados. Entre os simpatizantes do parceiro de coalizão do governo, o Partido Social-Democrata (SPD), 44% são favoráveis à política de refugiados de Merkel.

Surpreendentemente, os maiores apoiadores da líder alemã são membros do eleitorado do Partido Verde, da oposição: cerca de 67% deles estão satisfeitos com a forma como Berlim está lidando com a questão migratória.

Vergonha da xenofobia

Ao mesmo tempo, 83% dos entrevistados disseram sentir vergonha diante dos atos violentos contra refugiados registrados no país. Apenas 34% acham que as autoridades estão protegendo estrangeiros suficientemente, enquanto 58% querem ver uma melhora na segurança para os migrantes.

Para 76% dos 1.005 homens e mulheres ouvidos na pesquisa, políticos deveriam condenar mais veemente os ataques contra refugiados.

Explicando a discrepância entre o apoio a Merkel como chanceler federal e sua política de refugiados, a ARD alegou que, apesar de ser fortemente tematizada nos meios de comunicação, a crise migratória ainda não afeta o cotidiano das pessoas. Questões como emprego e condições econômicas são mais importantes para os cidadãos, segundo a emissora.

PV/ard/dw