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Sob pressão, Trump cede um pouco sobre armas

21 de fevereiro de 2018

Após massacre na Flórida, presidente americano pede que governo desenvolva medidas para banir os chamados "bump stocks", que aumentam letalidade de armas semiautomáticas.

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Protesto contra uso de armas após o massacre em escola na Flórida
Protesto contra uso de armas após o massacre em escola na FlóridaFoto: Reuters/J. Drake

O presidente americano, Donald Trump, ordenou ao seu governo que desenvolva medidas para "proibir todos os dispositivos" que possam ser colocados em armas semiautomáticas para que disparem mais rápido.

O uso de tal mecanismo entrou em debate após o massacre num show em Las Vegas, em 2017, que resultou na morte de 58 pessoas, e a declaração de Trump chega uma semana após a chacina numa escola da Flórida.

"Assinei um memorando para que o procurador-geral [Jeff Sessions] proponha regulamentações que proíbam todos os dispositivos que transformam armas legais em metralhadoras", disse Trump, na terça-feira (20/02), em Washington. "Espero que estas regulamentações estejam concluídas em breve." 

Leia também: Como outros países regulamentam armas de fogo

Os dispositivos aos quais se referia Trump são conhecidos em inglês como "bump stocks" e podem ser incorporados nas culatras dos fuzis semiautomáticos para abrir fogo de maneira completamente automática, com o intuito de disparar mais rápido.

O uso desses acessórios permitiu que o atirador de outubro do ano passado em Las Vegas disparasse nove balas por segundo da janela de um hotel, e causasse a morte de 58 pessoas e ferimentos em cerca de 500 que assistiam a um show ao ar livre.

Depois do massacre, a Casa Branca afirmou dar "as boas-vindas a um debate" sobre a possibilidade de restringir a venda dos "bump stocks", dado que as armas automáticas são proibidas nos EUA e esses mecanismos permitem simulá-las.

Embora a ideia de aumentar a regulação dos "bump stocks" tenha recebido inclusive o apoio de vários republicanos tradicionalmente contrários ao controle de armas e da própria Associação Nacional do Rifle (NRA), o debate no Congresso sobre o tema está travado. A proposta de banir as modificações nas armas foi apresentada em outubro pela senadora democrata Dianne Feinstein.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse em entrevista coletiva minutos antes do anúncio de Trump que o presidente "não apoia o uso dos 'bump stocks'" e garantiu que em breve haveria notícias a respeito.

Trump, que apoia a NRA e não mencionou o controle de armas depois de nenhum dos massacres registrados durante seu primeiro ano na presidência, tomou um papel mais ativo na questão depois da chacina na Flórida.

Na segunda-feira, Trump expressou seu apoio a um projeto de lei de alcance limitado, que visa aumentar a cobertura e a eficácia da base de dados nacionais sobre antecedentes criminais, para impedir que pessoas com histórico criminal possam comprar armas.

"Não fechamos a porta a nenhuma medida", afirmou Sanders.

PV/efe/rtr/ap/dpa/afp

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