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Sedes dos Jogos Mundiais também têm atrações turísticas

Geraldo Hoffmann16 de julho de 2005

Localizadas fora dos principais roteiros turísticos da Alemanha, as cidades de Bottrop, Duisburg, Mülheim e Oberhausen atraem visitantes não só durante a disputa dos World Games 2005.

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Arena em Oberhausen: palco de grandes eventos culturaisFoto: Stadt Oberhausen

Depois de Karlsruhe em 1989, as cidades de Bottrop, Duisburg, Mülheim e Oberhausen, na Renânia do Norte-Vestfália, sediam os Jogos Mundiais (World Games) de 2005. Muitos dos 3500 atletas de 100 países que disputam medalhas na competição não olímpica devem ter tido dificuldades para localizar essas cidades no mapa da Alemanha. Mas, embora não façam parte dos roteiros turísticos mais percorridos do país, todas têm algo mais a oferecer do que apenas os centros esportivos.

Em Duisburg, por exemplo, não se pode deixar de visitar o porto interior, onde pulsa a vida da cidade de 503 mil habitantes, dos quais 77 mil são estrangeiros de 140 nações. Com arquitetura bastante diversificada, alternada por áreas verdes e zonas aquáticas, a região do porto é ideal para quem busca lazer, relax e boa gastronomia. Entre outras atrações, ele abriga um museu histórico e o Museu Infantil Atlantis, onde se pode "descobrir" o mundo e o meio ambiente.

Nachtkulisse Landschaftspark Duisburg-Nord
Vista noturna do parque paisagístico no norte de DuisburgFoto: Duisburg

Bem diferente é o LapaNo, como os moradores de Duisburg carinhosamente chamam seu parque paisagístico no norte da cidade. Entre outras coisas, tem-se aí a possibilidade de simular as técnicas de escalar montanhas em circunstâncias semelhantes às enfrentadas nos Alpes. Um antigo gasômetro virou centro de treinamento para mergulho. O parque é também palco para inúmeros eventos ao ar livre.

Uma outra atração da cidade é o jardim zoológico, que recebe mais de um milhão de turistas por ano. Um "certo ar de Veneza em meio a Duisburg" pode-se respirar na visita ao Alte Reichsbank, prédio de um banco construído no estilo palazzo italiano. Na área urbana encontram-se ainda oito moinhos históricos (seis de vento e dois a água) e o Museu Wilhelm Lehmbruck, que abriga uma das principais coleções européias de esculturas do século 20.

Aquarius Wassermuseum in Mülheim an der Ruhr
Aquarius Wassermuseum em MülheimFoto: Mülheim an der Ruhr

Em Mülheim, vale a pena uma vista à antiga torre da caixa d'água, hoje transformada em premiado museu aquático (Aquarius Wassermuseum). Com simulações de computador, filmes e jogos, o museu que faz parte da rota da cultura industrial explica o significado da água, suas propriedades e utilização. Mülheim também é a porta de entrada para passeios e aventuras pelo pitoresco Vale do Ruhr, o coração verde da tradicional região carbonífera da Alemanha.

A principal atração de Bottrop é o Movie Park Germany, um parque cinematográfico e de lazer que atrai milhões de visitantes por ano. Mais de 40 atrações, incluindo estúdios de companhias internacionais ou "aventuras" baseadas em roteiros de filmes, encantam não só os cinéfilos. Shows, paradas e entretenimento de rua transformam os turistas em personagens de filmes. Com um pouco de sorte, pode-se até encontrar, ao vivo, um ou outro grande astro do cinema nessa "Hollywood no coração da Alemanha".

Tetraeder in Bottrop
Tetraedro de BottropFoto: Bottrop

O cartão-postal da cidade, porém, é o Tetraedro – uma estrutura de canos de metal de 50 metros de altura. Visitantes corajosos a escalam até a plataforma superior, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade de 121 mil habitantes.

Em termos arquitetônicos, Bottrop ainda oferece uma pequena curiosidade bem preservada: a torre Malakoff, que mostra a fusão da tecnologia usada na construção de fortalezas históricas e o nascimento da indústria pesada na região. Fora isso, vale mencionar ainda o Alpincenter, uma pista coberta de 640 metros de comprimento, onde se pode esquiar o ano inteiro – longe dos Alpes.

Festival Internacional de Curtas

Das quatro cidades organizadoras dos Jogos Mundiais de 2005, a mais conhecida dos brasileiros, provavelmente, é Oberhausen. A sede do tradicional Festival Internacional de Curtas-Metragens nasceu de três cidades (Oberhausen, Sterkrade e Osterfeld) e hoje conta com 220 mil habitantes. Entres suas atrações turísticas estão a praça Altmarkt; um moinho de vento de 1848, ainda em funcionamento; a fortaleza Vondern, construída no século 16; o castelo Holten, de 1307; e o gasômetro.

Aus dem CentrO in Oberhausen
Gasômetro, em Oberhausen: símbolo da transformação estrutural da região do RuhrFoto: Stadt Oberhausen

Construído em 1929 entre o canal Reno-Herne e o moderno CentrO (um "templo" para compras e lazer), o gasômetro é o símbolo da transformação estrutural da região do Ruhr. Ele abriga talvez a área de exposições mais inusitada da Europa. O interior do "gigante de aço" proporciona uma incrível sensação de espaço, reproduzindo ecos até sete ou oito vezes. De seu topo, onde se chega através de um elevador panorâmico de vidro, vê-se toda a parte leste da região do Ruhr.

Recomenda-se também uma visita à Galeria Ludwig, no castelo de Oberhausen, do qual se originou o nome da cidade. Construído entre os anos de 1804 e 1818, o castelo abriga em seu "museu temporário" obras de arte de diferentes épocas e culturas. Mas os grandes eventos culturais mesmo acontecem na König Pilsner Arena, com capacidade para 13 mil pessoas.

Perto de Oberhausen, vale a pena visitar o museu do castelo Moyland, em Bedburg-Hau, que abriga o Arquivo Joseph Beuys, um departamento internacional de pesquisa da Academia de Artes de Düsseldorf. E, é claro, quem estiver em Bottrop, Duisburg, Mülheim ou Oberhausen dificilmente deixará de ir a Düsseldorf, Colônia ou Bonn, as mecas do turismo à beira do Reno.