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Schüttler, a vaga esperança

Marcio Weichert12 de janeiro de 2003

Haas e Kiefer lesionados. Só oito tenistas alemães inscritos diretamente no Aberto da Austrália, menos da metade do total de dois anos atrás. Schüttler, único cabeça-de-chave.

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Schüttler foi até as oitavas-de-final em 2001Foto: AP

As perspectivas do tênis alemão para 2003 são turvas. Ao menos começa mal. O melhor tenista do país, Thomas Haas, foi operado em dezembro no ombro direito e não participa do primeiro torneio do Grand Slam da temporada. Ex-número 1 da Alemanha, Nikolas Kiefer está contundido no calcanhar esquerdo e igualmente falta no Aberto da Austrália.

E nenhum dos dois sabe quando retornará às quadras. "Nem com a melhor das vontades dá para fazer uma previsão", lamenta Haas, 11º do ranking mundial. Já Kiefer espera recuperar-se a tempo para a primeira rodada da Copa Davis (7 a 9 de fevereiro) contra a Argentina, em Buenos Aires. "Mas não vou cometer de novo o erro de voltar antes de estar realmente curado", ressalta o 73º colocado da lista da ATP.

A relação de desfalques alemães em Melbourne é agravada pelo mau desempenho dos tenistas do país no ranking mundial. Muitos foram obrigados a disputar o Qualifying.

Somente oito tenistas da terra de Boris Becker e Steffi Graf (dois homens e seis mulheres) foram inscritos diretamente para a primeira fase. Ou seja, menos da metade do total de 2001, quando inclusive os homens ainda eram maioria na equipe (11 contra seis). E o quilate do grupo alemão não alimenta a esperança de que irão – muito – além da estréia.

Número 2 da Alemanha encabeça chave

Com 26 anos, Rainer Schüttler é o principal nome e o único a ter a honra de ter sido nomeado para uma cabeça-de-chave (31). O alemão domiciliado na Suíça chega ao Australian Open embalado. Trigésimo oitavo do ranking mundial – logo atrás do brasileiro Gustavo Kuerten –, Schüttler chegou até as semifinais do torneio de Sydney na semana passada.

Apesar disto, o alemão não terá vida fácil em Melbourne. Seu primeiro adversário, o espanhol Albert Portas, aparece em 86º no ranking, mas é sempre forte candidato a surpresas, como em 2001 quando fez boa temporada, vencendo inclusive o Aberto da Alemanha, em Hamburgo. Passando pelo azarão, o segundo duelo será provavelmente contra o holandês Richard Kracijek, 92º do ranking, mas ex-campeão de Wimbledon e nono colocado na Corrida dos Campeões.

O outro representante masculino do tênis alemão tem boas chances de passar na estréia, mas vai ter de cortar um dobrado se quiser ir além. Depois de pegar o espanhol Juan Balcells, Lars Burgsmüller (76º do ranking) deverá ter o suíço Roger Federer pela frente.

O frágil lado feminino

Entre as mulheres, o cenário também não é lá muito promissor. A melhor colocada no ranking mundial da WTA é Barbara Rittner (67º), que enfrentará a australiana Evie Dominikovic na estréia e, se passar, possivelmente Anne Kremer na segunda rodada. A luxemburguesa é 25ª do ranking. O alento está no fato de que Kremer nunca foi além da segunda partida no Aberto da Austrália. Rittner já chegou até a quarta, em 2001.

A situação é similar para Martina Müller, de quem se espera até uma vitória sobre a italiana Antonella Zanetti, mas não sobre a russa Elena Dementieva, sua provável segunda adversária. Já Anca Barna e Greta Arn tiveram alguma sorte ao caírem em chaves sem grandes estrelas. Azar mesmo abateu-se sobre Angelika Roesch, que terá pela frente a russa Tatiana Panova, e especialmente Marlene Weingärtner.

Embora esta alemã esteja na 98ª colocação do ranking mundial, ela foi a que chegou mais longe em Melbourne no ano passado: as oitavas-de-final. Um desempenho difícil de repetir, ainda mais estreando logo contra a americana Jennifer Capriati, defensora do título e terceira colocada da WTA.