Schumacher defende adoção de pára-choques na F-1

Há poucas semanas do início dos testes para a próxima temporada, Michael Schumacher questiona a segurança na Fórmula-1. Na edição de retrospectiva de 2001 da revista Spiegel, o piloto da Ferrari defende o fim dos rodas livres. O acidente do brasileiro Luciano Burti, que, em julho, chocou-se na traseira do tetracampeão, em Hockenheim, na Alemanha, e acabou catapultado motivou a reivindicação do alemão. "Com pára-choques, o efeito catapulta seria anulado", acredita Schumi.

A sugestão, porém, dificilmente será acatada, pois cobrir as rodas colidiria com as regras da categoria. "Pode-se proclamar minha proposta de medida passiva de segurança. Para mim, tanto faz como vai ficar a aparência. O que me interessa é resolver o problema", esclareceu Schumacher. De forma geral o tetracampeão considera positivo o desenvolvimento da Fórmula-1. O piloto atribui aos esforços para melhorar a segurança por ter saído intacto dos acidentes que sofreu durante a temporada de 2001.

Enquanto isto, surgem as primeiras informações de como será a Ferrari da próxima temporada. O modelo terá uma unidade integrada de motor e câmbio, numa concepção completamente nova. O veículo terá um nariz mais alto. Conforme a revista especializada Autobild Motorsport, as caixas laterais serão mais longas e leves, enquanto as asas dianteiras se parecerão com um bigode.

Oficialmente, o design do futuro carro ainda não foi divulgado. A máquina deverá ser apresentada no dia 2 de fevereiro, em Maranello, na Itália, mas a data pode vir a ser protelada por motivos técnicos. Quem não se estressa com isto é o presidente da escuderia, Luca di Montezemolo, que só espera uma coisa de Schumacher: "Novos títulos, naturalmente."