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Schröder em fuga?

(sv)7 de fevereiro de 2004

A renúncia de Gerhard Schröder à presidência do Partido Social Democrata provocou reações dentro e fora do país. A imprensa aponta uma "crise da terceira via" e especula sobre uma possível quebra da coalizão de governo.

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Schröder: sinais de crise e falta de saídasFoto: AP

Der Spiegel (Alemanha):

"Schröder encolhe. Com a transferência da presidência do partido ao fiel Münterfering, o chanceler federal quer fugir da crise. Com isso, no entanto, Schröder perde autoridade e sua impotência aumenta. Uma tarefa monstruosa espera o novo presidente do partido: ser pedreiro em uma construção às beiras do desmoronamento, chamada SPD."

Jyllands-Posten (Dinamarca):

"A crise não se passa com Schröder, mas com toda a ideologia social-democrata e seus mentores, que se negam a chegar no século 21".

Neue Zürcher Zeitung (Suíça):

"Isto não é nada mais nada menos que um ato de desespero. Dentro do partido, pode até ser que a paz volte a reinar, (...) mas do lado de fora? O que significa um passo tão apressado como esse, num momento em que a política do governo alemão já está indubitavelmente marcada pelo caos?"

La Repubblica (Itália):

"A crise da "terceira via" alemã explode. (...) O terremoto balança toda a coordenação do partido e coloca a esquerda, detentora do poder, sob uma prova de fogo extremamente difícil".

Frankfurter Allgemeine Sonntagszeigung (Alemanha): Schröder já havia ido relativamente longe, ao tentar operar partes da alma social-democrata, que impediam a sobrevivência no áspero mundo globalizado. Agora, no entanto, o paciente rebelou-se usando suas últimas forças, tomou o bisturi da mão do cirurgião e, esgotado, caiu aliviado nas mãos do assistente Münterfering" (novo presidente do Partido Social Democrata - N. da R.).

Le Figaro (França): "Essa política de reformas, levada a cabo com extremo estardalhaço, deixou os empregadores do lado de Schröder, enquanto os sindicatos - tradicionalmente ligados aos social-democratas - rangem os dentes. Fora do país, as reformas do chefe de governo foram, de forma geral, bem recebidas. (...) Mas aos alemães, agora basta".

Süddeutsche Zeitung (Alemanha):

"É uma decisão errada. Schröder tem que ou ficar definitivamente, ou ir embora de uma vez. Ele precisa ou continuar sendo presidente do partido e chanceler federal ao mesmo tempo ou desistir dos dois cargos. Com a renúncia à presidência do partido, ele não convence ninguém, demonstrando apenas seu próprio transtorno".