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Schröder rejeita coalizão com Partido Liberal

(ef)11 de junho de 2002

O chanceler federal da Alemanha e candidato à reeleição, Gerhard Schröder, rejeitou da forma mais categórica uma coalizão com o Partido Liberal (FDP), depois da eleição do novo Parlamento, em 22 de setembro.

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Gerhard Schröder: O Partido Liberal ainda tem que se encontrarFoto: AP

"O FDP precisa ficar mais uma fase na oposição para encontrar a si próprio", disse o chefe de governo numa entrevista coletiva conjunta com o ministro de Relações Exteriores, Joschka Fischer, do Partido Verde, em Berlim, nesta terça-feira. Os dois políticos confirmaram o desejo de manter a coalizão de governo do Partido Social Democrático (SPD), presido por Schröder, e o Partido Verde. Ambos advertiram, ao mesmo tempo, que a discussão sobre o anti-semitismo entre o FDP e o Conselho Central dos Judeus pode prejudicar as relações entre Alemanha e Israel. Líderes judeus e liberais trocam acusações recíprocas de atiçar o anti-semitismo.

Discussão perigosa – Fischer qualificou o debate como "indescritível e perigoso" e advertiu que as relações teuto-israelenses não devem jamais ser colocadas em jogo. "Quem acha que tem de ser feita uma revisão da história prejudica altamente os interesses alemães", disse o ministro em alusão às relações especiais com Israel por causa do extermínio de seis milhões de judeus pela Alemanha nazista na Europa durante a Segunda Guerra Mundial.

Fischer cobrou esforços internacionais mais enérgicos, sobretudo dos Estados Unidos, para solucionar o conflito no Oriente Médio. A meta teria de ser a visão manifestada pelo presidente George W. Bush de uma coexistência pacífica de dois Estados – Israel e Palestina.

Êxitos da política externa – O ministro e o chefe de governo alemão destacaram, na entrevista de uma hora de duração, que a sua coalizão vermelho-verde é pela tolerância, abertura, transparência e uma política externa de segurança. Schröder elogiou a nova política externa desenvolvida por Fischer, que ele executou, colocando a Alemanha numa nova posição na comunidade internacional, conforme disse. Como sucessos da nova política exterior, ele citou as ações das Forças Armadas alemãs (Bundeswehr) em Kosovo e no Afeganistão.

Bomba suja – As autoridades alemãs não têm conhecimento de atos terroristas planejados na Alemanha, disse Schröder. Ele se referiu com isso às notícias de que as Forças Armadas do Marrocos teriam impedido ataques da organização terrorista Al Qaeda a navios de guerra dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha no Estreito de Gibraltar. Não haveria também indícios de possíveis ataques com bombas sujas, cujo planejamento pela rede terrorista de Osama Bin Laden foi anunciado pelo secretário de Justiça dos EUA, John Ashcroft, na segunda-feira (10).