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Schröder defende serviço militar obrigatório

(gh)4 de abril de 2002

Verdes querem Exército voluntário reduzido. Partido Liberal planeja abaixo-assinado para esquentar debate sobre o assunto.

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Recrutas do exército alemãoFoto: AP

Com um posicionamento claro a favor da manutenção do serviço militar obrigatório, o chanceler federal alemão e presidente do Partido Social Democrático (SPD), Gerhard Schröder, tenta abafar as discussões na coalizão governamental sobre a criação de um Exército profissional. Os Verdes e jovens líderes do SPD pediram o fim do serviço militar obrigatório na Alemanha. O vice-presidente do Partido Liberal (FDP), Jürgen Möllemann, planeja um abaixo-assinado sobre o assunto, na campanha para a eleição do novo Parlamento e do governo em 22 de setembro.

O motivo do debate é o julgamento da constitucionalidade do serviço militar obrigatório pelo Tribunal Federal Constitucional (TFC), previsto para o próximo dia 10l. Schröder rejeitou o pedido da juventude social-democrata (Juso) para acabar com a obrigatoriedade do serviço militar. Nisso, o chanceler conta com o apoio até mesmo do principal partido de oposição, a União Democrata Cristã (CDU).

Segundo a secretária adjunta do Ministério da Defesa, Brigitte Schulte, a atual lei garante uma integração maior das Forças Armadas à sociedade. Já o presidente da Juso, Niels Annen, disse acreditar que "essa lei vai cair depois das eleições parlamentares de 22 de setembro próximo".

Serviço caro - Essa opinião foi compartilhada também pelo especialista em política externa do SPD, Gernot Erler, ressaltando que, primeiro, é preciso reformar as Forças Armadas. "O serviço militar obrigatório é caro e impede a modernização do Exército", afirmou. Erler sugere que a criação de um exército voluntário com cerca de 200 mil soldados seja discutida ainda antes das eleições.

O vice-presidente do FDP, Jürgen Möllemann, quer realizar uma campanha de abaixo-assinados para esquentar o debate sobre o assunto. Já a presidente da juventude democrata-cristã, Hildegard Müller, defendeu a manutenção do serviço militar obrigatório. "A campanha dos jovens do SPD, provavelmente, é motivada por uma rejeição geral à defesa da pátria", disse. O serviço militar tornou-se obrigatório na Alemanha em 1956, depois do ingresso do país na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)