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Schalke e Leverkusen prometem espetáculo na final

Marcio Weichert10 de maio de 2002

Final da Copa Alemanha coloca frente a frente, no Estádio Olímpico de Berlim, o campeão de 2001, com a dupla de ataque mais perigosa do país, e a melhor equipe alemã da temporada. Lúcio e Zé Roberto confirmados.

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Ao contrário do ano passado, Schalke e Bayer Leverkusen fazem uma final de Copa Alemanha (DFB-Pokal) neste sábado sem favorito. Com exceção do zagueiro Novotny, do Leverkusen, ambas as equipes colocarão seus melhores jogadores em campo. Também não faltam motivos para lutarem com unhas e dentes pelo segundo trófeu mais importante do futebol alemão.

Campeão de 1932, 1972 e do ano passado, o Schalke quer levar novamente a taça para Gelsenkirchen, a fim de encerrar a temporada com uma grande festa, após tê-la começado de forma bem aquém da expectativa. Sobretudo problemas físicos e disciplinares com o atacante belga Mpenza tiraram a força da "mais perigosa dupla de ataque da Bundesliga" (segundo Klaus Toppmöller, técnico do Leverkusen).

Com isto, o time fez feio na Liga dos Campeões e custou a engrenar no Campeonato Alemão, no qual terminou em quinto lugar, garantindo uma vaga na próxima Copa da Uefa. Somente na Copa Alemanha teve desempenho irreparável: quatro vitórias em tempo regulamentar e uma na prorrogação, contra o Bayern de Munique, na semifinal. Fez oito gols e tomou apenas um.

Força total - Mpenza está confirmado para a partida deste sábado e junto com o dinamarquês Sand, alimentados pelos lançamentos e passes do armador Möller, são, por si sós, promessa de grandes momentos no Estádio Olímpico de Berlim, já com seus 70 mil lugares esgotados.

A partida tem ainda significado especial para o técnico holandês Huub Stevens. Será a última à frente do Schalke, após quase seis anos no clube e dois títulos conquistados (Copa da Uefa em 1998 e Copa Alemanha em 2001). "Desta vez, porém, será muito mais difícil. O Leverkusen é o favorito", afirma Stevens, que irá se transferir para o Hertha Berlim. Ao atribuir o "favoritismo" ao adversário, o holandês ignora que sua equipe venceu uma e empatou a outra partida em que ambas se enfrentaram na atual temporada.

Medo de ser três vezes vice num só ano

Se no time de Gelsenkirchen é total a concentração para a final na capital alemã, em Leverkusen teme-se pelos nervos. Após morrer na praia da Bundesliga pela quarta vez em cinco anos, fazendo jus ao apelido de "eterno vice", a equipe do grupo químico e farmacêutico Bayer vê-se na obrigação de conquistar a Copa Alemanha, para garantir ao menos um título numa temporada em que tinha a chance de faturar três.

"Eu preferiria disputar primeiro a final da Liga dos Campeões (marcada para quarta-feira que vem, contra o Real Madrid)", confessa Klaus Toppmöller, preocupado com o que vai pela cabeça de seus comandados, que entrarão no Estádio Olímpico ainda frustrados pelo fim do sonho da Bundesliga, mas também quase hipnotizados pela inesperada façanha de poder decidir o título europeu em Glasgow.

Eterno vice - Por outro lado, a equipe de Leverkusen certamente está consciente de que suas chances de derrotar o Schalke são bem maiores do que as de vencer o Real Madrid e é melhor garantir logo uma taça no próprio território do que ficar sonhando com o título europeu. O risco de que a fama de "eterno vice" ultrapasse as fronteiras do Campeonato Alemão é grande.

Sand reconhece nisto uma desvantagem para sua equipe. "Eles vão vir com tudo, para não correrem o risco de terminarem a temporada de mãos vazias", afirma o atacante do Schalke. Na Copa Alemanha, o desempenho do Leverkusen é comparável ao do defensor do título. Venceu igualmente quatro partidas no tempo regulamentar, precisando da prorrogação apenas na semifinal, contra o Colônia. Fez 14 gols e levou quatro.

Este poderá ser o segundo título do Leverkusen na Copa Alemanha. Em 1993, ganhou a final por 1 a 0 sobre os amadores do Hertha Berlim. Herói daquela decisão, Kirsten sentará no banco desta vez, à disposição para qualquer emergência.

Prováveis escalações

Schalke

: Reck; Hajto, Waldoch, van Hoogdalem e van Kerckhoven; Oude Kamphuis; Wilmots, Möller e Böhme; Sand e Mpenza.

Bayer Leverkusen

: Butt; Zivkovic, Lúcio e Placente; Schneider, Ramelow, Ballack e Zé Roberto; Bastürk; Neuville e Berbatow.