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Síria avança em confronto com rebeldes

17 de outubro de 2015

Forças de segurança do governo recuperam controle de três vilas na região de Aleppo. Segundo ONG, objetivo de ofensiva é recuperar base aérea que será usada por Moscou para conduzir bombardeios no país.

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Foto: picture-alliance/Anadolu Agency/B. El-Halebi

Um dia após o início da nova ofensiva em Aleppo, as forças de segurança do presidente Bashar al-Assad recuperaram neste sábado (17/10) o controle de três vilas próximas à segunda maior cidade do país, de acordo com Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Segundo a organização, as três vilas eram controladas por rebeldes extremistas. A ofensiva das tropas do governo contou com o apoio de bombardeios russos e combatentes do Irã e do Hisbolá.

De acordo com o ativista Omar al-Halabi, a Rússia realizou mais de 15 ataques aéreos nas três vilas. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que as tropas de Assad tentam recuperar o controle sobre uma base aérea ao nordeste de Aleppo, para que ela possa ver usada por Moscou.

Interesses nacionais

A Rússia voltou a negar que a campanha de ataques aéreos na Síria vise defender o regime do aliado Assad. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou neste sábado que Moscou defende interesses nacionais e não combate por líderes, ressaltando que os sírios devem decidir quem desejam para presidente.

"Não queremos que no poder esteja o 'Estado Islâmico'. Então, deve ser um governo civilizado e legítimo. Isso é o que se tem de falar", disse Medvedev.

O primeiro-ministro reiterou que os Estados Unidos e todos os países da região devem procurar uma solução diplomática para o conflito. Medvedev ressaltou, ainda, que foi "um dos poucos" que viram como se vivia na Síria antes da guerra, dizendo que o país era "normal e bastante moderno, com toda a segurança, um país pacífico, onde os monumentos não eram destruídos e a economia era normal".

A guerra civil na Síria já dura quatro anos e deixou mais de 250 mil mortos, sendo que 74 mil eram civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

CN/dpa/afp/lusa