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Rupprath brilha agora também em piscina olímpica

Marcio Weichert1 de agosto de 2002

Após colecionar oito títulos europeus e dois recordes mundiais em piscina curta, Thomas Rupprath fatura ouro pela primeira vez em piscina olímpica. Henke também vence e Alemanha segue na liderança no Campeonato Europeu.

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Rupprath (dir.) chegou 7 centésimos de segundo à frente de Theloke nos 50 metros costasFoto: AP

"Foi como se caísse uma pedra de meu coração", disse aliviado Thomas Rupprath após a vitória nos 50 metros costas em Berlim. "Para mim foi uma montanha inteira", parodiou seu treinador, Henning Lambertz, que confessa ter estado preocupado com o estado psicológico do atleta. "Este título foi muito importante para Thomas. Seus nervos estavam um bagaço", revela.

Apesar da esperada vitória, Rupprath não satisfez à expectativa de que quebraria nesta quinta-feira o recorde mundial da prova, o que era aguardado após ele ter batido o europeu na semifinal, com 25s00, ficando a apenas um centésimo da marca do americano Lenny Krayzelburg. Na final, o alemão completou a prova com 25s05, chegando sete centésimos à frente do conterrâneo Sven Theloke, medalha de ouro nos 100 metros. Foi a primeira dobradinha alemã na atual competição.

Recordes

– "Nosso objetivo são antes de mais nada títulos", tentou consolar o treinador. Ao que parece em vão. Considerado por muitos como o "novo Albatroz", numa referência a Michael Gross, Thomas Rupprath não esconde sua meta de quebrar um recorde em Berlim. O escolhido é o dos 100 metros borboleta, do australiano Michael Klim (51s81), do qual ele ficou a apenas sete centésimos no Campeonato Alemão. Rupprath é recordista da prova em piscina curta.

Em sua coleção, estão ainda o recorde mundial dos 200 metros borboleta e os europeus nos 100 e 200 metros costas, todos em piscina curta. No Campeonato Mundial de 2001, em Fukuoka (Japão), Rupprath obteve duas medalhas de prata: nos 50 metros costas e no revezamento 4x100 metros medley. Falta ainda um pódio olímpico. "Às vezes, sonho com medalhas olímpicas em 2004. Uma vez era até de ouro", observa a atual principal estrela masculina da natação alemã.

Ouro no feminino

– Na entrega de medalhas dos 800 metros livres feminino, também foram hasteadas duas bandeiras alemãs nesta quinta-feira. Com tosse, a bicampeã mundial Hannah Stockbauer não foi além da medalha de bronze, com 8min30s97, mas sua colega Jana Henke, de 28 anos, garantiu a de ouro para a Alemanha, com 8min23s83, à frente da húngara Eva Risztov (8min28s06). "Estou um pouco decepcionada, mas não tinha condições de nadar 8min23s. Meus parabéns a Jana. Numa olimpíada, daria uma medalha", comentou Stockbauer, medalha de ouro no revezamento 4x200 metros livres.

Nesta sexta-feira, as atenções estarão voltada para Jörg Hoffmann. Ao disputar os 1500 metros livres, o ex-campeão mundial de 32 anos possivelmente estará se despedindo das competições. "Talvez seja o fim. Na Olimpíada de Atenas, estarei com 34 anos e tenho de fazer de uma operação no joelho", pondera o nadador da ex-Alemanha Oriental, que colecionou em sua carreira 18 medalhas internacionais, duas delas de ouro no mundial de 1991. As chances de obter mais uma não são poucas em Berlim, especialmente após a desistência de Emiliano Brembilla, favorito dos 1500 metros. Nas eliminatórias, Hoffmann ficou com o terceiro melhor tempo.

Franzi

– No sábado, as câmeras estarão dirigidas mais uma vez para Franziska van Almsick. Já com três ouros no pescoço, a estrela que renasceu das cinzas disputará sua grande especialidade, os 200 metros livres, dos quais detém o recorde mundial há oito anos. Para concentrar energia, cancelou sua participação nos 100 metros borboleta. "O recorde mundial nos 200 metros livres é sagrado para mim. Fico satisfeita de ter um dia a mais de repouso antes do fim de semana", afirmou.

Apesar da confiança e do entusiasmo reconquistados nos três primeiros dias de competições, Franzi evita o otimismo, recordando decepções do passado. "No Europeu de Viena, eu também estava em minha melhor forma e acabei caindo fora já na eliminatória", comenta a nadadora de 24 anos, que despontou com 14 na Olimpíada de Barcelona e viveu seus piores momentos no fracasso olímpico de Sydney, há dois anos.

O futuro da estrela

– Muitos temem que, após restaurar seu prestígio neste Campeonato Europeu, ela decida pendurar o maiô. "Tenho medo que esta boa fase acabe depressa", confessou após comemorar a vitória nos 100 metros livres na quarta-feira, sua primeira medalha individual internacional desde 1996.

Mas também não lhe faltam bons motivos para continuar. "No momento, tudo se encaixa perfeitamente. Nunca nadei tão rápido em minha vida", reconhece. "E nestes dez anos de carreira, nunca recebi tantos aplausos e elogios como agora", acrescenta.

Franzi está nadando tão rápido que fica praticamente impossível parar agora. Além disto, sua coleção de medalhas ainda não possui uma olímpica individual.