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Rudi Völler: Depois da euforia, só contam os pontos

(ns)3 de junho de 2002

A seleção alemã voltou com muita autoconfiança de sua estréia na Copa para o lugar de concentração no Japão. A preocupação do técnico Rudi Völler agora é ver todo mundo de pé no chão, e não sonhando com a vitória.

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O técnico da seleção alemã, Rudi Voeller, preocupado com que o sucesso suba à cabeça dos jogadoresFoto: AP

A vitória alemã contra a Arábia Saudita por 8 a 0 no sábado (01) foi assistida por 12,14 milhões de espectadores na Alemanha. A rede ARD de tevê aberta teve uma quota de 77,4%, uma das mais altas de suas história, o que considerou um grande sucesso, apesar da pane que impediu a recepção digital em aproximadamente um milhão de domicílios.

Acabou-se a festa

- Enquanto isso, em Miyazaki, no Japão, o treinador da seleção alemã, Rudi Völler já decretou a volta à normalidade, após a estréia retumbante. "Nós vamos tentar de tudo para mostrar um rendimento semelhante ao que tivemos contra a Arábia Saudita", disse o técnico, referindo-se ao jogo contra a Irlanda na quarta-feira (05). Uma nova vitória levaria a Alemanha às oitavas-de-final na Coréia do Sul. "Ontem nós nos alegramos e festejamos, mas a partir de hoje só contam os pontos", disse, decidido, acrescentando que a Irlanda será um adversário muito diferente e os jogadores sabem disso.

A seleção alemã voltou em vôo especial neste domingo de Sapporo a Miyazaki, onde está concentrada. Na bagagem, todos levavam uma boa dose de autoconfiança, mas também uma série de advertências para não caírem na soberba de já se verem na final. "Acho que não faz o menor sentido dizer que vamos para a final, só porque ganhamos de 8 a 0. É bom ir de vagar, passo por passo, jogo por jogo", ressaltou Franz Beckenbauer. Nem ele nem Völler traçaram um paralelo com a situação em 1990, quando a Alemanha abriu a Copa com um convincente e fulminante 4 a 1 contra a Iugoslávia e levou o título. "Não cabe a comparação, porque os iugoslavos, naquela época, eram bem mais fortes", disse o técnico alemão à agência DPA.

Fator psicológico

- "A equipe pode tornar-se excelente à medida em que ganhe experiência e continue se entrosando", disse o presidente da Federação Alemã de Futebol, Gerhard Mayer-Vorfelder, que acompanhou a seleção no vôo. O capitão Oliver Kahn considera sobretudo o aspecto psicológico de uma vitória com tanta repercussão internacional: "Os adversários agora terão muito respeito e provavelmente até medo da Alemanha", observou.

"A maneira como nós jogamos um futebol engajado e atraente nos dá motivo a termos um pouco de esperança. Provamos do que somos capazes. Mas também precisamos ficar com os pés no chão, após uma vitória como essa", disse Völler, em mais uma tentativa de evitar uma excessiva autoconfiança, após a euforia.