Rivais Schröder e Stoiber votam confiantes na vitória
22 de setembro de 2002O chanceler federal alemão Gerhard Schröder, do Partido Social Democrático (SPD), votou logo cedo pela manhã. De mãos dadas com a esposa, Doris, e cercado por seguranças, foi a pé até sua mesa eleitoral, a poucos metros da sua casa, em Hanôver (oeste da Alemanha).
Compenetrado, fez as duas cruzes na sua cédula eleitoral e depois, sorrindo para os fotógrafos, posou com a esposa enquanto depositava o voto na urna. O chefe de governo e candidato à reeleição (a eleição alemã é indireta) estava otimista da vitória de seu partido, mas economizou palavras. Ele também não quis se posicionar sobre a polêmica em torno a sua ministra da Justiça.
Durante todo o dia, circularam rumores e desmentidos sobre uma eventual renúncia ou demissão de Hertha Däubler-Gmelin, por causa de sua comparação entre a política de Bush e os métodos de Hitler, supostamente feita semana passada e que abalou seriamente as relações teuto-americanas.
Schröder apressou-se em deixar o local da votação, explicando que descansaria e almoçaria em casa. À tarde, partiu para Berlim, onde aguardará o resultado do pleito na sede de seu partido.
O dia do desafiante
O governador da Baviera, Edmund Stoiber (candidato à chefia de governo pelos partidos da União Social Cristã e União Democrática Cristã), também votou com a esposa, Karin, em sua cidade, Wolfratshausen. Como de praxe, fez pose ao depositar o voto na urna, mas antes voltou a abrir a cédula dobrada para confirmar "se tudo estava certo". Da mesma forma como Schröder, o candidato da oposição à chefia de governo extravasou confiança na vitória: "Fizemos uma boa campanha eleitoral e devemos ganhar."
Depois de assistir ao desfile de trajes típicos durante a Oktoberfest, em Munique, o casal embarcou para Berlim, onde Stoiber pretende acompanhar a apuração ao lado dos seus correligionários.
O domingo da eleição foi calmo em todo o país, com sol pela manhã e chuvas fortes, em grande parte do país, à tarde. O clima eleitoral alemão difere completamente do brasileiro: não há aglomerações nem cabos eleitorais, a não ser alguns cartazes e outdoors nas ruas.