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Relatório diz que governos europeus sabiam sobre vôos da CIA

26 de abril de 2006

A CIA é responsável por mais de mil vôos sem autorização sobre território europeu desde 2001, afirma relatório parcial divulgado pela comissão especial do Parlamento Europeu que investiga o caso.

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Foto: picture-alliance/ dpa/dpaweb
Brüsseler Ausschuss sieht illegale CIA-Flüge als erwiesen an
Foto: picture-alliance/ dpa/dpaweb

A CIA é responsável por mais de mil vôos sem autorização sobre território europeu desde 2001, afirma relatório parcial divulgado pela comissão especial do Parlamento Europeu que investiga o caso.

O documento reconstrói as rotas de vôos com prisioneiros do serviço secreto norte-americano segundo informações de vítimas, da imprensa, de organizações de direitos humanos e de fontes oficiais. Elas foram confrontadas com informações da Eurocontrol, entidade responsável pelo tráfego aéreo na Europa.

O relator do documento, o deputado Giovanni Claudio Fava, acusou governos europeus de negligência. Ele afirmou que a CIA é claramente responsável por seqüestros e prisões de possíveis terroristas em território de países-membros da União Européia (UE). As acusações se direcionam principalmente para a Itália e a Suécia, além da Bósnia-Herzegóvina, que pretende ingressar na UE.

Segundo esse relatório, o alemão Khaled El-Masri voou no dia 24 de janeiro de 2004 de Skopje, capital da Macedônia, para Bagdá. O Boeing 737 com o número de registro N313P e o nome "Stevens Express" teria vindo da Argélia para Skopje, com parada em Palma de Mallorca. Em 30 de janeiro, decolou rumo ao Iraque.

Pelo menos dois passageiros a bordo seriam agentes da CIA, segundo o documento da comissão. Os nomes deles surgiram com as investigações sobre o promotor público italiano Armando Spataro. Ele teria relações com os dois agentes, identificados como James Robert Kirkland e Monica Courtney Adler. Em Mallorca, eles teriam apresentado passaportes em nome de Kirk James Bird e Maria Luana Baetz.

As investigações prosseguem. No próximo dia 2 de maio, a comissão de inquérito do ouvirá o depoimento de Javier Solana, encarregado de política externa e de segurança da União Européia.