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Reestruturação ajuda Siemens a sair da crise

(rw)6 de dezembro de 2001

Grupo alemão é cauteloso com prognósticos, mas está confiante que o pior de sua crise já passou.

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Prédio da Siemens em MuniqueFoto: AP

O pior da crise já passou, anunciou o presidente do grupo Siemens na divulgação do balanço da empresa nesta quinta-feira, em Munique. Heinrich von Pierer não arriscou prognósticos em função da instabilidade da conjuntura, mas não acredita em altos prejuízos, embora os lucros no início do ano devam ser influenciados pelos custos da reestruturação.

No último ano fiscal, encerrado em setembro, o lucro da Siemens caiu de 8,9 bilhões de euros para 2,1 bilhões de euros. Já o faturamento aumentou 15% para 82,3 bilhões de euros. Pierer salientou que as amplas reservas da empresa a ajudaram a vencer o pior da crise.

Alguns setores, como o de construção de usinas e de técnicas médicas, desenvolveram-se muito bem e crescem, independentemente da conjuntura desfavorável. Os negócios com celulares, que foram o grande problema da Siemens no último ano fiscal, começaram bem no primeiro trimestre do atual.

Novas demissões

– Pierer não descarta novos programas de demissões, além das 17 mil previstas, devido às incertezas da conjuntura econômica. Grande parte destas demissões será na divisão de telecomunicações móveis e na subsidiária de redes, que acumularam um prejuízo bruto de mais de 1,1 bilhão de euros em 12 meses.

De outra fonte de déficits a Siemens já se livrou nesta quarta-feira, ao vender ações da Infineon, acabando com sua condição de acionista majoritário no fabricante de chips. A cota exata de participação da Siemens na Infineon será divulgada apenas em janeiro. Já a Dematic, da área de logística, e VDO, fornecedora da indústria automobilística, deverão sair do vermelho nos próximos meses, prevê o presidente da Siemens.

Ao que tudo indica, após o fim da parceria entre a empresa alemã e a japonesa Toshiba, na área dos celulares de terceira geração, a Siemens estaria à procura de um novo parceiro no setor, pois pretende lançar no mercado já no próximo ano os telefones para a rede UMTS. Se até poucos dias o grupo desmentia qualquer interesse em cooperação nesse setor, isso foi admitido hoje por von Pierer.