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Raúl Castro pede fim de embargo americano a Cuba

29 de setembro de 2015

Em discurso na ONU, presidente cubano defende a devolução da base naval de Guantánamo e indenizações por danos "econômicos e humanos". Castro culpa UE por crise de refugiados e cumprimenta Dilma por programas sociais.

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Foto: Reuters

Em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (28/09), o presidente de Cuba, Raúl Castro, defendeu o fim do embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba como condição para concluir o "longo processo de normalização das relações" entre os dois países.

No pronunciamento de cerca de 20 minutos, o presidente cubano também pediu a devolução da base naval de Guantánamo e o pagamento de indenizações por danos "econômicos e humanos".

Estados Unidos e Cuba retomaram as relações diplomáticas rompidas por mais de uma década em dezembro de 2014 e reabriram as embaixadas em Washington e Cuba em agosto deste ano.

Castro demonstrou solidariedade com a presidente Dilma Rousseff no avanço dos programas sociais e com a Venezuela, diante das "tentativas de se desestabilizar e subverter o ordenamento constitucional". O governante cubano também defendeu a "independência" de Porto Rico da "colonização" americana. O território do país é controlado pelos EUA.

O presidente cubano atribuiu a atual crise de refúgio às "ações de desestabilização que a Otan promove em países do Oriente Médio e da África do Norte" e ao "subdesenvolvimento e à pobreza imperantes nos países do continente africano."

"A União Europeia deve assumir de maneira plena e imediata suas responsabilidades com a crise humanitária que ajudou a criar", declarou.

Castro também defendeu o fim da "interferência externa" na Síria e saudou o acordo nuclear do Irã.

KG/efe/dpa