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Queda desenfreada leva China a paralisar bolsas

4 de janeiro de 2016

As bolsas de valores da China começaram o ano em forte turbulência. Após uma queda de mais de 7%, um novo mecanismo de segurança foi acionado imediatamente, suspendendo as negoaciações pelo resto do dia.

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China Börsen rutschen weiter ab
Foto: Reuters/Kim Kyung-Hoon

As ações despencaram nesta segunda-feira (04/12), na primeira sessão das bolsas de valores da China em 2016. O mau desempenho da indústria e a queda do Yuan aumentam a preocupações sobre a combalida economia do país, forçando a intervenção da Comissão Reguladora do Mercado de Valores da China (CRMV), que suspendeu as transações pelo resto do dia.

Os principais mercados de ações, Xangai e Shenzhen, tiveram as atividades interrompidas após o índice de referência cair mais de 7%, empurrado pelos dados da produção industrial.

A queda do índice CSI 300 ativou mecanismos automáticos de interrupção que haviam sido introduzidos ainda nesta segunda-feira pela CRMV, para restringir as flutuações do mercado. Uma queda de 5% no início do dia já havia causado uma paralisação de 15 minutos. Como a queda continuou, os reguladores foram forçados a suspender completamente as atividades cerca de 90 minutos antes do término habitual.

A queda do CSI 300 – que compreende as trezentas maiores empresas relacionadas na China continental – desencadeou vendas em grandes proporções também em outros índices chineses, que apresentaram quedas entre 6% e 8%.

As quedas vieram após a divulgação de resultados decepcionantes do setor industrial chinês. O índice de gestores de compras (PMI) demonstrou uma leitura de 48.2 pontos, caindo significativamente em relação aos 48.6 registrados em novembro e marcando o décimo mês seguido de queda. Números abaixo de 50 no índice PMI indicam um panorama negativo, medido pelas intenções de compra dos gestores da indústria.

Um estudo oficial lançado na última sexta-feira, com base nas grandes empresas estatais, revelou o quinto mês de contração, embora um impulso positivo no setor de serviços possa abrandar o resultado na economia em geral.

Repercussão global

A queda do mercado de ações chinês gerou pânico em bolsas de valores por toda a Ásia. O índice japonês Nikkei caiu mais de 3%. Os mercados da Coreia do Sul e Taiwan sofreram abalos semelhantes.

As turbulências no mercado chinês fizeram com que as bolsas europeias abrissem 2016 em queda, o que deverá repercutir também no mercado americano.

O índice DAX, da Alemanha, cuja economia liderada pelas exportações é sensível aos humores do mercado chinês, despencou 4,2%. O FTSE 100 britânico caiu 2,4%, enquanto o francês CAC apresentou queda de 2,7%.

RC/afp/rtr/dpa/lusa/ap