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Queda de vendas no Brasil frustra projeções da Bayer

30 de junho de 2017

Estagnação do estoque de agrotóxicos no mercado brasileiro força multinacional a reajustar previsões para 2017. Taxas de câmbio desfavoráveis também deixam marcas no balanço do grupo farmacêutico e químico alemão.

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Agricultura no Brasil
Crise econômica e condições meteorológicas reduziram demanda por agrotóxicos no BrasilFoto: Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images

Um fraco e inesperado desempenho no mercado brasileiro de agrotóxicos reduzirá os lucros da Bayer neste ano, comunicou a multinacional alemã nesta sexta-feira (30/06). Para 2017, a empresa farmacêutica e química espera uma perda de 300 milhões a 400 milhões de euros.

O Brasil é, ao lado de Estados Unidos e Europa, um dos maiores mercados agrícolas da Bayer. Mas na recém-concluída temporada de compras, a demanda por produtos agrotóxicos no país sul-americano foi muito menor que a esperada.

Por um lado, isso se deveu a um enfraquecimento da economia brasileira, mas especialmente a problemas relacionados às condições meteorológicas. Inseticidas e herbicidas da Bayer foram menos usados, o que levou à estagnação do estoque no Brasil. 

Taxas de câmbio desfavoráveis também deixaram marcas no balanço da Bayer. Além disso, os negócios com medicamentos sem necessidade de receita médica e produtos de saúde vem tendo desempenho abaixo do esperado.

A empresa comunicou que irá, portanto, reajustar sua previsão de vendas e lucro para 2017. Após o comunicado, as ações da empresa sediada em Leverkusen despencaram mais de 5%, registrando o pior resultado no índice alemão DAX.

A magnitude do reajuste será divulgada pela Bayer somente em 27 de julho, quando apresenta os números para o segundo trimestre de 2017. O lucro operacional ajustado deve crescer menos de 10%.

Em 2016, a Bayer alcançou um Ebitda – sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização – de 10,2 bilhões de euros.

A Bayer ainda espera concretizar a fusão com a produtora americana de sementes e pesticidas Monsanto, anunciada no ano passado, que, se aprovada pelas autoridades reguladoras, será a maior aquisição já feita por uma empresa alemã.

PV/afp/rtr/ots