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Ataque é trunfo da Croácia para voltar ao mata-mata

Philip Verminnen11 de junho de 2014

Com meio-campo forte com Luka Modric, Ivan Rakitic e Mateo Kovacic, além do atacante Mario Mandzukic, croatas buscam a classificação na fase de grupos, algo que não acontece desde a campanha surpeendente de 1998.

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Foto: Getty Images

A Croácia foi oficialmente reconhecida como um país independente em 1992 e já está em sua quarta Copa do Mundo. Depois da surpreendente campanha logo em seu Mundial de estreia, em 1998, quando terminou em terceiro lugar, os croatas não passaram da fase de grupos em 2002 e 2006. Para a Copa no Brasil, a equipe comandada pelo técnico Niko Kovac chega recheada de problemas, liderando a lista de atletas cortados entre todas as seleções no Mundial – são sete no total.

O corte mais recente ocorreu com a equipe croata já em território brasileiro. O jovem meio-campista Ivan Mocinic – que nunca atuou pela seleção – sentiu dores no tornozelo e para o seu lugar Milan Badelj, do Hamburgo, foi chamado. Badelj fazia parte da pré-lista de Kovac, mas ficou de fora dos 23 convocados justamente por problemas físicos. Lesões também impediram o volante Mate Males, o zagueiro Ivan Stirnic e os meias Ivo Ilicevic e Niko Kranjkar de viajar ao Brasil.

Além disso, Josip Simunic, zagueiro experiente e com duas participações em Copas, recebeu da Fifa uma suspensão de dez partidas por ter entoado gritos nazistas para a torcida ao final do jogo contra a Islândia, pela repescagem europeia para o Mundial. Nesta mesma partida, o atacante Mario Mandzukic foi expulso e terá que cumprir suspensão automática na estreia contra a seleção brasileira. Porém, para o restante da Copa, o atacante do Bayern de Munique está liberado.

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Jospi Simunic comemorou a classificação à Copa com cânticos nazistas e foi banido do torneio pela FifaFoto: picture alliance/AP Photo

Com tantos problemas, o técnico Kovac pode ao menos respirar aliviado com o seu trio no meio-campo, formado por Ivan Rakitic, campeão da Liga Europa com o Sevilla, Mateo Kovacic, da Internazionale de Milão, e Luka Modric, campeão da Liga dos Campeões com o Real Madrid. O meio-campo é certamente o setor mais forte dos croatas. A tendência é que esse trio seja completado por Ivan Perisic, do Wolfsburg, outro jogador de técnica e habilidade. No papel, a Croácia joga num esquema tático 4-3-3, mas Perisic pode cair tranquilamente para compor o meio-campo, fechando assim a equipe num 4-4-2.

"A Croácia tem um time com um pouco mais de técnica, joga com a bola mais no chão", avaliou Alexandre Gallo, assistente da seleção brasileira e que analisou os adversários brasileiros para Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira.

No ataque, ao lado do experiente Ivica Olic, do Wolfsburg, Mandzukic é titular absoluto. Mas com sua suspensão, Nikica Jelavic e o brasileiro naturalizado Eduardo da Silva brigam pela vaga na estreia, com ligeira vantagem para o croata. Por sinal, Eduardo não é o único brasileiro no elenco croata. Com Sammir, volante do Getafe, da Espanha, a Croácia é a seleção com mais brasileiros naturalizados na Copa. Ao todo são cinco: além da dupla croata, há Diego Costa (Espanha), Thiago Motta (Itália) e Pepe (Portugal).

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Principal atacante croata, Mandzukic, foi expulso na repescagem e não enfrenta o Brasil na estreiaFoto: Getty Images

O setor problemático na seleção croata é a defesa. Ao lado do goleiro Pletikosa, que, assim como o treinador Niko Kovac, esteve em campo na derrota por 1 a 0 na estreia frente ao Brasil na Copa de 2006, na Alemanha, outro nome de destaque é o do capitão Srna, um lateral-direito que apoia bastante e cobras as faltas rente a área.

A zaga central com Corluka e Lovren carece de qualidade e, quando exposta, costuma se atrapalha rapidamente. Na lateral-esquerda, teoricamente Daniel Pranjic, que já atuou pelo Bayern de Munique, seria o titular, mas como ele também não está 100% fisicamente, a tendência é que o jovem Vrsaljko inicie as partidas.

Mesmo com tanto desfalques, o elenco croata para a Copa de 2014 é mais forte do aquele que disputou – e deu trabalho à seleção brasileira – no Mundial da Alemanha. Principalmente do meio para frente. Modric é provavelmente um dos melhores volantes da atualidade; Mandzukic foi vice-artilheiro do Campeonato Alemão; Kovaci é uma jovem promessa, mas que já tem seu espaço em uma das equipes mais importantes do futebol italiano; e Rakitic despertou até o interesse do Barcelona.

Eduardo da Silva
Depois da Eurocopa de 2012, o Mundial no Brasil é o segundo torneio que Eduardo da Silva disputa pela CroáciaFoto: Getty Images

Os 23 convocados:

Goleiros:

Stipe Pletikosa (Rostov/RUS)
Danijel Subasic (Monaco/FRA)
Oliver Zelenika (Lokomotiv Zagreb)

Defensores:

Darijo Srna (Shakhtar Donetsk/UCR)
Dejan Lovren (Southampton/ING)
Vedran Corluka (Lokomotiv Moscou/RUS)
Gordon Schildenfeld (Panathinaikos/GRE)
Danijel Pranjic (Panathinaikos/GRE)
Domagoj Vida (Dínamo de Kiev/UCR)
Sime Vrsaljko (Genoa/ITA)

Meio-campistas:

Luka Modric (Real Madrid/ESP)
Ivan Rakitic (Sevilla/ESP)
Ognjen Vukojevic (Dínamo de Kiev/UCR)
Mateo Kovacic (Internazionale/ITA)
Marcelo Brozovic (Dínamo Zagreb)
Sammir (Getafe/ESP)
Milan Badelj (Hamburg/ALE)
Ivan Perisic (Wolfsburg/ALE)

Atacantes:

Mario Mandzukic (Bayern de Munique/ALE)
Ivica Olic (Wolfsburg/ALE)
Eduardo da Silva (Shakhtar Donetsk/UCR)
Nikica Jelavic (Hull City/ING)
Ante Rebic (Fiorentina/ITA)