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Quarteto alemão tem sul-americanos como parceiros

Marcio Weichert1 de março de 2002

Pelo terceiro ano consecutivo, quatro pilotos alemães disputam o Campeonato Mundial de Fórmula-1. Por coincidência ou preferência, todos possuem sul-americanos como colegas de equipe: três brasileiros e um colombiano.

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Michael e Ralf Schumacher, certeza de muitos pódiosFoto: AP

Há três anos, Michael e Ralf Schumacher, Nick Heidfeld e Heinz-Harald Frentzen formam o escrete de pilotos alemães na Fórmula-1. Na temporada passada, somente os dois primeiros fizeram o hino nacional ser tocado ao fim de grandes prêmios. Para a temporada 2002, as perspectivas não são muito diferentes.

Michael é franco favorito ao pentacampeonato. Ralf, porém, começa o ano desta vez como um dos mais fortes adversários do irmão. Heidfeld conseguiu em 2001 esquecer o desastre de seu ano de estréia na F-1. Frentzen é o único que terminou a temporada passada em situação pior do que em seu início.

Michael Schumacher, em busca do penta

Michael Schumacher
Schumacher abraçado a seu empresário, Willi Weber, e à esposa, CorinnaFoto: AP

Tetracampeão mundial e detentor de recordes na Fórmula-1, o único piloto alemão a conquistar títulos mundiais da F-1 não precisa mais provar sua capacidade. Viciado em automobilismo, Schumi tem, entretanto, um bom motivo para correr atrás de mais um título. Se vencer a temporada, irá igualar-se ao argentino Juan Manuel Fangio, o único pentacampeão da história da F-1. No entanto, Schumi não faz disso uma meta. Ao menos da boca para fora, quer apenas ter o prazer de conquistar grandes prêmios...

Nascido em 3 de janeiro de 1969 em Hürth, nos arredores de Colônia, Schumacher vive atualmente à beira do Lago de Genebra, na Suíça. Casado com Corinna, tem uma filha (Gina Maria) e um filho (Mick).

Estreou na F-1 em 25 de agosto de 1991, na Bélgica, pela Jordan. Até janeiro de 2002, disputou 161 grandes prêmios, tendo largado 43 vezes na pole position e batido os recordes de 53 vitórias e 801 pontos na F-1. Foi campeão pela Benetton em 1994 e 1995 e pela Ferrari em 2000 e 2001.

Seu atual parceiro de equipe é o brasileiro Rubens Barrichello. O contrato do alemão vai até o fim da temporada 2004 e seu salário é estimado em 38 milhões de euros ao ano, ou seja, mais de R$ 211 mil por dia!

Ralf Schumacher ou Schumi II, o adversário

Podium GP Kanada
Ralf Schumacher (centro) venceu o GP do Canadá de 2001, seguido do irmão Michael e o finlandês Mika HäkkinenFoto: AP

Ralf Schumacher queria em 2001 sair da sombra do irmão e chegar em terceiro lugar. Ficou em quarto, vencendo pela primeira vez não só um GP, mas três. Com isto, deixou de ser "o irmão" de Michael, para se tornar "o adversário". Esse ano, ele quer brigar pelo segundo lugar e ameaça se tornar uma pedra no sapato de Michael.

Schumi II nasceu em 30 de junho de 1975 em Hürth, nos arredores de Colônia, e mora hoje em próximo a Salzburg, na fronteira da Áustria com a Alemanha. Em 2001, casou-se com Cora e teve o primeiro filho, David.

Assim como o irmão, o piloto começou na F-1 numa Jordan, em 9 de março de 1997, no GP da Austrália. Em cinco temporadas, disputou 83 corridas, tendo obtido uma pole position e vencido três grandes prêmios. Em 2001, terminou em quarto lugar.

O colombiano Juan Pablo Montoya é seu parceiro na equipe Williams-BMW, com a qual tem contrato até o fim de 2004. Estima-se que seu salário anual seja de 9,7 milhões de euros.

Nick Heidfeld, promessa de surpresas

Formel 1 Fahrer Nick Heidfeld und Felipe Massa
Heidfeld tem o brasileiro Felipe Massa como novo parceiroFoto: AP

Ao correr pela Sauber em 2001, o mais novo dos pilotos alemães apagou a má imagem deixada em seu primeiro ano na F-1, pela Prost, quando só terminara quatro das 16 corridas. No ano passado, conseguiu até somar 12 pontos e justificar seu apelido Quick Nick. Para esta temporada, Heidfeld quer o status de o melhor do resto, ou seja, só admite ver Ferraris, McLarens e Williams pela retaguarda.

Nascido em Mönchengladbach a 19 de maio de 1977, o alemão reside em Monte Carlo (Mônaco). Continua solteiro. Sua namorada chama-se Patricia.

Campeão europeu de Fórmula 3000 em 1999, estreou na elite do automobilismo no GP da Austrália de 12 de março de 2000, com a Prost. Em dois anos, disputou 33 corridas. Terminou em sétimo lugar a temporada passada.

Em 2002, tem novo parceiro na Sauber, o brasileiro Felipe Massa, novato na F-1. Seu contrato termina no fim de 2003 e acredita-se que Heidfeld ganhe 2 milhões de euros ao ano.

Heinz-Harald Frentzen, em decadência

Heinz-Harald Frentzen
Frentzen terminou 2001 na ProstFoto: AP

Vice-campeão de 1997 pela Williams, Frentzen tenta sobreviver na Fórmula-1. Por falta de resultados, foi demitido sumariamente da Jordan em agosto de 2001. Trocou de lugar com Jean Alesi na Prost. Em janeiro, a equipe francesa foi à falência e o alemão quase ficou sem cockpit para este ano. A única alternativa foi a Arrows, na qual espera ao menos "terminar as corridas".

Assim como Heidfeld, nasceu em Mönchengladbach (a 18 de maio de 1967) e mora atualmente em Monte Carlo (Mônaco), com a esposa, Tanja, e a filha, Lea.

Frentzen estreou na F-1 no GP do Brasil de 27 de março de 1994, pilotando uma Sauber. Sua primeira vitória veio três anos depois, na Williams. Até o fim de 2002, disputou 129 grandes prêmios, largando duas vezes na pole position e conquistando três primeiros lugares. Em 1999, terminara em terceiro lugar na classificação geral.

Seu parceiro na Arrows é o brasileiro Enrique Bernoldi, que já correu pela equipe em 2001. Seu contrato vale apenas para a atual temporada e estima-se que Frentzen receberá um salário anual de 700 mil euros, cerca de dez vezes menos do que ganhava até a temporada passada.