Publicidade reduz pirataria de filmes
2 de dezembro de 2004
Os prejuízos da indústria de cinema com cópias piratas chegaram a um bilhão de euros este ano, um valor que ficou todavia aquém do previsto. O setor cinematográfico atribui isso à campanha publicitária "Cópia pirata é crime", lançada há um ano. Embora tenha se propagado o hábito de baixar filmes da internet ou gravá-los em DVD, esta tendência não acompanhou o ritmo de popularização das técnicas de cópia.
Humor contra pirataria
Mas os prejuízos ainda são gigantescos. Só neste ano, o desfalque na arrecadação de impostos chegou a 124 milhões de euros. No entanto, a velocidade com que a pirataria aumentou ficou aquém do esperado.
Um estudo recém-divulgado constatou que a indústria de cinema conseguiu impedir um aumento explosivo das cópias piratas. Além disso, tudo indica que a campanha tenha servido pelo menos para conscientizar as pessoas da importância de respeitar direitos autorais.
Após o êxito da primeira campanha, planeja-se mais uma iniciativa de conscientização em 3 mil cinemas e 4,5 mil videotecas. Como o slogan "Duro, mas justo", a nova campanha deverá apostar mais na força de persuasão do humor. Uma das propagandas mostra uma família cantando "Parabéns" ao pai, aos gritos, pois o aniversariante se encontra atrás das grades, do outro lado da rua – preso por causa de pirataria.
Gatilho mais rápido que os piratas
A pressão contra os piratas também deve aumentar na internet. Quarenta e cinco mil assinantes do serviço de download mais conhecido dos países de língua alemã deverão ser processados.
A indústria de cinema também está tomando outras medidas de precaução. Neste ano, grandes produções de Hollywood estrearam na Alemanha quase simultaneamente ao lançamento norte-americano, a fim de restringir o tempo de ação dos piratas.
Atualmente, calcula-se que 28 milhões de alemães tenham gravador de CD em casa e mais de três milhões, gravadores de DVD. Um em cada três alemães com mais de dez anos de idade chegou a copiar ilegalmente alguma coisa em CD ou DVD durante o primeiro semestre de 2004.