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Prisão perpétua por tentativa de atentado em Bonn

3 de abril de 2017

Alemão convertido ao islã é declarado culpado pelo fracassado atentado a bomba na estação central da antiga capital. Ele e três cúmplices são condenados também pela tentativa de assassinato de um político de direita.

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Deutschland Prozess wegen versuchten Anschlags auf Hauptbahnhof Bonn
Marco G., um alemão convertido ao islã, recebe a pena de prisão perpétua pelas tentativas de atentado e assassinatoFoto: picture-alliance/dpa/F. Gambarini

Um alemão de 29 anos convertido ao islã foi condenado à prisão perpétua, nesta segunda-feira (03/04), por ter tentado realizar um atentado a bomba na estação central de Bonn, antiga capital da Alemanha, e por planejar assassinar um político de direita.

O tribunal, baseado em Düsseldorf, determinou também que Marco G. – o nome completo foi omitido em conformidade com a lei alemã – não estará elegível para pedir liberdade condicional por 15 anos – tempo mínimo que um condenado a prisão perpétua tem de ficar encarcerado na Alemanha.

Em 10 de dezembro de 2012, a polícia encontrou explosivos numa plataforma na estação ferroviária central de Bonn. A bomba foi desativada por forças especiais da polícia alemã. O DNA da esposa e do filho de Marco G. foi encontrado no dispositivo, que não tinha um fusível funcional e, portanto, nunca poderia ter sido detonado. 

Marco G. e outros três homens foram condenados também pela formação de uma organização terrorista e por terem planejado matar um político alemão de extrema direita. Todos foram presos na noite anterior à data escolhida para o assassinato, em março de 2013.

O albanês Enea B. (46 anos), o turco-alemão Koray D. (28 anos) e o alemão Tayfun S. (27 anos) foram condenados a penas de prisão que variam de nove anos e meio a 12 anos. Eles são cúmplices de Marco G. no plano de assassinato contra Markus Beisicht, chefe do movimento de extrema direita Pro NRW, que participou de protestos contra mesquitas na Renânia do Norte-Vestfália com caricaturas do profeta Maomé.

A sessão desta segunda-feira marcou o 155º dia do julgamento, que incluiu depoimentos de 157 testemunhas e 27 especialistas. Durante o processo, os réus foram pouco cooperativos e fizeram de tudo para chamar a atenção negativamente – principalmente Marco G.

PV/afp/ap/dpa