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Presença militar alemã no Afeganistão continua, diz ministra

7 de dezembro de 2015

Após decisão da Otan de manter presença militar no país, ministra alemã da Defesa confirma a continuidade da missão em solo afegão. "Vamos permanecer", afirmou Ursula von der Leyen.

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Verteidigungsministerin in Afghanistan Ursula von der Leyen
Foto: picture alliance/dpa/K. Nietfeld

A ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, confirmou nesta segunda-feira (07/12) que seu país vai manter o contingente militar no Afeganistão. "A mensagem básica deve ser a seguinte: vamos permanecer", disse a ministra a repórteres, pouco antes de seu avião pousar em Mazar-i-Sharif, onde 1.500 militares de 21 países da Otan estão posicionados.

A declaração veio poucos dias após a decisão de Berlim de aumentar a presença militar alemã no país, de 850 para 980 soldados, e prolongar suas missões de treinamento dos militares afegãos em 2016.

Na semana passada, a Otan anunciou que seu contingente no país da Ásia Central continuará praticamente o mesmo, apesar de planos anteriores de reduzir suas tropas em solo afegão.

"A incerteza sobre a remoção das tropas abalou a confiança em nós nos últimos anos", disse Von der Leyen, que realiza sua visita anual às tropas alemãs no Afeganistão. "Estou satisfeita que a tendência entre os países parceiros tenha mudado na direção oposta."

As 12 mil tropas da missão de apoio da Otan que permanecem no país atuam como consultores e no treinamento das forças nacionais. A decisão dos países da Otan de manter as tropas em solo afegão é vista como um reconhecimento do fracasso do governo de Cabul em estabilizar a segurança no país, frente a insurgência do Talibã.

As forças afegãs assumiram a responsabilidade pelos combates no país no final de 2014, após a retirada da maior parte do contingente da Otan. Como resultado, segundo a ministra alemã, 2015 foi "um ano muito difícil". Ela afirmou que o plano de remoção das tropas ocorreu de modo "muito rápido, muito ambicioso" por parte da comunidade internacional. Segundo Von der Leyen, este teria sido um "sinal equivocado" aos extremistas do Talibã.

"Nossas expectativas quanto ao governo afegão são altas, no que se refere à rapidez da implementação do processo de reformas e ao trabalho de reconciliação", disse a ministra. Ela, porém, estabeleceu uma condição para a continuidade da ajuda internacional, ao afirmar que o governo afegão deve fazer o seu "dever de casa".

O Bundestag [Câmara Baixa do Parlamento alemão] aprovou na semana passada um plano do governo federal de se juntar à campanha internacional contra o "Estado Islâmico" (EI) na Síria, com o envio de aviões de reconhecimento, uma fragata, e de até 1.200 soldados.

A ministra afirmou que essa é uma luta "difícil e perigosa", mas ressaltou que o país "aprendeu as lições das missões anteriores". Diferentemente do que ocorreu no Afeganistão, Von der Leyen lembrou haverá um processo político para tentar resolver o conflito através da retomada das conversações de paz, em Viena.

RC/afp/dpa