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Portugal pede socorro

7 de abril de 2011

Após meses de resistência, primeiro-ministro José Sócrates confirma que o país encaminhará pedido de socorro financeiro à União Europeia. Portugal é o terceiro país a solicitar ajuda, depois da Grécia e da Irlanda.

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O primeiro-ministro demissionário José SócratesFoto: dapd

Primeiro a Grécia, depois a Irlanda e agora Portugal. Na noite desta quarta-feira (06/04), o primeiro-ministro José Sócrates anunciou que Portugal encaminhará um pedido de ajuda financeira à União Europeia (UE). O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, confirmou a demanda portuguesa e garantiu que o país receberá ajuda "o mais rápido possível".

Barroso, que é português, garantiu ao primeiro-ministro demissionário José Sócrates que o pedido de ativação dos mecanismos de auxílio financeiro será tratado da forma mais rápida possível, de acordo com as normas existentes. O FMI (Fundo Monetário Internacional) também se prontificou a ajudar.

O governo Sócrates culpa a oposição pela situação caótica do país. Maioria no Parlamento, a oposição não aprovou no último dia 23 de março o plano de austeridade apresentado pelo primeiro-ministro. Mas desta vez, o maior partido da bancada oposicionista, o PSD, vai apoiar o pedido de ajuda à União Europeia, declarou o líder dos social-democratas, Pedro Passos Coelho.

Passos Coelho é um dos favoritos para ocupar o cargo de Sócrates, segundo a agência de notícias AFP. O primeiro-ministro renunciou em março e ocupa o cargo de forma interina até as eleições legislativas planejadas para acontecer em 5 de junho.

Valor desconhecido

O valor do socorro financeiro a Portugal ainda é desconhecido. O anúncio do pedido chega às vésperas de um encontro informal que reunirá os ministros das finanças dos 27 países da União Europeia em Budapeste, nesta sexta-feira e no sábado. A crise em Portugal deverá ser o principal tema.

Para receber esta ajuda, Portugal precisará adotar um programa de saneamento econômico. Há duas semanas, o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Juncker, afirmou que a ajuda a Portugal poderia ter um montante de 75 bilhões de euros.

Logo após o anúncio português, a ministra da economia da Espanha, Elena Salgado, afirmou que o país não corre "nenhum risco" pelo fato de Portugal ter solicitado ajuda.

BR/dpa/afp/lusa
Revisão: Alexandre Schossler